O Presidente da República, Daniel Chapo, apelou esta segunda-feira, 18 de Agosto, aos empresários nacionais para apostarem no financiamento das artes e cultura, sublinhando que este sector representa um activo económico estratégico para o desenvolvimento do País, informou a agência Lusa.
Daniel Chapo falava na província de Tete, durante a abertura da 12.ª edição do Festival Nacional de Cultura, que decorre até 22 de Agosto sob o tema “50 Anos Consolidando a Unidade Nacional e a Paz através da Cultura”.
“Usamos este espaço para lançar um convite: olhem para a cultura como uma oportunidade estratégica. Patrocinar um festival nacional como este, um grupo de teatro, seja na povoação, localidade, posto administrativo, distrito, numa província ou na capital do País, é investir”, afirmou.
Na ocasião, o Presidente garantiu ao sector privado que o País dispõe de mecanismos legais que incentivam o investimento cultural, destacando que apostar num centro cultural ou num produto artístico é igualmente uma forma de “contribuir para uma nação mais estável, criativa, unida, mais em paz e com mais identidade.”
Daniel Chapo dirigiu-se também aos fazedores de cultura, pedindo que mantenham o espaço como um “terreno fértil para o respeito mútuo e a convivência harmoniosa entre os moçambicanos”. Aos jovens, deixou um apelo directo para se assumirem como protagonistas activos deste processo.
“A juventude já não é apenas consumidora da cultura, é também produtora activa através da música urbana, literatura digital, cinema independente e artes visuais. Os jovens estão a reescrever a nossa história e identidade com novas linguagens e novos códigos”, afirmou, exortando a juventude a usar as tecnologias digitais para promover a cultura nacional.
“Usem as ferramentas do vosso tempo: redes sociais, tecnologias, vídeos, design para promover o que é nosso. Que cada clique num telefone, seja no WhatsApp, Instagram, Facebook ou no TikTok, seja uma partilha. Que cada conteúdo seja um acto de identidade da nossa cultura”, concluiu o Presidente da República.
De acordo com dados avançados pelo Governo, cerca de 1200 fazedores das artes e cultura participam nesta edição do Festival Nacional de Cultura, considerado o maior palco de promoção da diversidade e identidade cultural do País.