A multinacional sul-coreana Daewoo Engineering & Construction (E&C) revelou que está interessada em expandir os seus investimentos nos projectos de gás natural liquefeito (GNL) localizados na bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado, região Norte de Moçambique.
Nesta quarta-feira, 18 de Junho, durante um encontro em Maputo com o chefe do Estado, Daniel Chapo, o presidente da empresa asiática, Won-Ju Jung, afirmou que o seu grupo quer participar na construção de projectos localizados na Área 4, devido ao seu potencial energético e económico para o desenvolvimento.
“Nós já estamos presentes na Área 1, onde colaboramos com a construção do projecto, e agora queremos participar também na Área 4. São projectos de alta valorização, que poderão ajudar Moçambique a crescer e a ser conhecido no mundo”, disse.
Citado pela Agência de Informação de Moçambique, o responsável sublinhou que a Daewoo tem um plano para desenvolver no País indústrias com base no gás natural, indústrias de fertilizantes e modernizar a energia eléctrica.
Dois desses projectos têm maior dimensão e prevêem canalizar o gás do fundo do mar para terra, arrefecendo-o numa fábrica para depois o exportar por via marítima em estado líquido.
Um é liderado pela TotalEnergies (consórcio da Área 1) e as obras avançaram até à suspensão por tempo indeterminado, após o ataque armado a Palma, em Março de 2021, altura em que a energética francesa declarou que só retomaria os trabalhos quando a zona fosse segura. O outro é o investimento ainda sem anúncio à vista liderado pela ExxonMobil e Eni (consórcio da Área 4).
Um terceiro projecto concluído e de menor dimensão pertence também ao consórcio da Área 4 e consiste numa plataforma flutuante de captação e processamento de gás para exportação, directamente no mar, que arrancou em Novembro de 2022.