As bolsas asiáticas fecharam em terreno misto, mas, mesmo assim, caminham para o sétimo mês consecutivo de ganhos, com o índice da Morgan Stanley Capital International (MSCI) para acções da região Ásia-Pacífico a subirem 1% na semana e 4% no mês.
As praças chinesas ficaram para trás nas valorizações desta sexta-feira (31), após novos dados do gigante asiático mostrarem que a actividade industrial na China contraiu-se no ritmo mais acelerado em seis meses, em Outubro. Além disso, os investidores realizaram lucros após o acordo comercial alcançado esta quinta-feira pelo Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, e pelo Presidente chinês, Xi Jinping.
O Shanghai Composite caiu 0,81%, para 3954,79 pontos, e o Hang Seng, em Hong Kong, tombou 1,18%, para 25 971,68 pontos, pressionado pela queda da BYD de 3,74%. As perspectivas de vendas da empresa enfrentam novas preocupações dos investidores, após a receita do terceiro trimestre ter ficado aquém das estimativas, pressionada pela redução do volume de vendas, o que levantou preocupações sobre a indústria chinesa de veículos eléctricos.
Os outros índices foram impulsionados pelos resultados trimestrais das empresas, bem como pelo optimismo em torno da tecnologia norte-americana. A Amazon e a Apple apresentaram contas esta quinta-feira, tendo ambas superado as estimativas do mercado e confirmado a sustentabilidade dos investimentos destas cotadas em Inteligência Artificial (IA).
“O tema da expansão vai concretizar-se em 2026, incluindo dos EUA para a Ásia”, disse Christy Tan, estratega de investimentos do Franklin Templeton Institute, em entrevista à Bloomberg. “A época de resultados nos EUA está muito boa, e gostaríamos de ver isso a acontecer também na Ásia-Pacífico, especialmente na Coreia e, cada vez mais, no Japão”, acrescentou.
No Japão, os lucros da Hitachi também superaram as expectativas dos analistas, ao subirem 56% no primeiro semestre fiscal, e a melhoria das perspectivas impulsionou o optimismo. As acções dispararam mais de 7%, tendo chegado a saltar mais de 12%. O Topix somou 0,94%, para 3331,83 pontos, enquanto o Nikkei 225 subiu 2,12%, para 52 411,34 pontos, elevando os seus ganhos semanais e mensais para 6% e 16,4%, respectivamente. Este foi o melhor mês do Nikkei desde 1990, impulsionado pelas expectativas de um estímulo fiscal agressivo sob o Governo da nova primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi.
O sul-coreano Kospi ganhou 0,5%, para 4107,50 pontos. Já os futuros das acções europeias preparam-se para uma abertura em baixa, com os futuros do Euro Stoxx 50 a cair 0,2%.
































































