A empresa petrolífera norte-americana ExxonMobil vai financiar com 40 milhões de dólares a construção de um centro tecnológico na cidade de Maputo, capital do País, para formar engenheiros em petróleo e gás, anunciou nesta quinta-feira, 30 de Outubro, o Presidente da República, Daniel Chapo.
Segundo informou a Lusa, o anúncio foi feito em declarações aos jornalistas, após visitar a sede da ExxonMobil em Houston, no Texas, Estados Unidos da América (EUA). Na ocasião, Chapo destacou: “O memorando é muito importante, a ExxonMobil vai apoiar com 40 milhões de dólares a construção de um centro tecnológico na cidade de Maputo para a formação de jovens moçambicanos.”
De acordo com o PR, que está a realizar uma visita de trabalho aos EUA, o centro tecnológico vai ser erguido a partir do próximo ano na zona do Estádio Nacional do Zimpeto, arredores de Maputo, cujo plano é começar a formação com pelo menos 100 jovens vindos de todas as províncias do País em matérias de prospecção de gás e petróleo.
“Este centro vai comportar salas de aula, simulação de operações onshore e offshore, acomodação, um restaurante, um ginásio e uma clínica, infra-estruturas que vão criar um ambiente cómodo para os jovens a serem formados nas matérias de petróleo e gás”, frisou o governante, acrescentando: “Vai ser um lugar completo que vai permitir que jovens que vêm de todas as províncias do País possam ter local de acomodação e uma formação de cerca de três anos. O objectivo é transferir a tecnologia e o conhecimento que as empresas multinacionais têm neste sector para os moçambicanos.”
O chefe do Estado salientou que esta formação visa colocar no mercado moçambicano e mundial uma mão-de-obra qualificada que vai trabalhar nos megaprojectos em curso no País e na região.
“O principal recurso que temos em Moçambique para desenvolver o país é o capital humano, e este precisa, de facto, de conhecimento técnico na área de petróleo e gás, que é extremamente importante”, destacou o Presidente.
Ainda nos EUA, Daniel Chapo anunciou um memorando de entendimento com a ExxonMobil a disponibilizar 10 milhões de dólares para a Empresa Moçambicana de Hidrocarbonetos (ENH) avançar com estudos de viabilidade para maximizar o uso de gás doméstico no País.
Para o PR, estes acordos são “um sinal muito forte” da ExxonMobil, ao manifestar o desejo de transferir conhecimento “acima da média” na área de exploração de petróleo e gás, onde a petrolífera já usa tecnologia mais avançada.
Moçambique tem três megaprojectos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de GNL da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, ao largo da costa de Cabo Delgado.
“O País vai ser, sem dúvidas, uma das referências de gás a nível mundial, e é importante que este recurso seja operado e explorado por jovens moçambicanos. Esse é um grande ganho. E outro é o financiamento a estudos de viabilidade. A vantagem é que vai ser a ENH a liderar estes estudos”, explicou, defendendo este tipo de investimentos para a industrialização do País com recurso ao uso do gás doméstico.
“O outro aspecto importante é, sem margem de dúvidas, a contribuição em termos globais do que estes projectos vão ter na nossa economia. Vamos ter mais receitas nos cofres do Estado, através do imposto de produção e de exportação, mais moçambicanos a trabalhar”, acrescentou o chefe do Estado, referindo-se aos ganhos destes memorandos e dos projectos de gás e petróleo, no geral.
Moçambique tem três megaprojectos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de GNL da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, ao largo da costa de Cabo Delgado, incluindo um da TotalEnergies, em fase de retoma, após a suspensão devido a ataques na região, e outro da ExxonMobil, que aguarda decisão final de investimento, ambos na península de Afungi.































































