A Kenmare Resources, empresa responsável pela exploração da mina de Moma, na província de Nampula, no norte de Moçambique, revelou que, anualmente, efectua compras no mercado doméstico avaliadas em mais de 73 milhões de dólares (4,6 mil milhões de meticais), consolidando-se como um dos principais motores do desenvolvimento das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME).
“O fortalecimento das ligações económicas entre a Kenmare e as MPME ganhou novo fôlego com o Projecto Conecta Negócio, implementado pelo Ministério das Finanças com financiamento do Banco Mundial. Por ano, a empresa destina cerca de 40% do seu orçamento para aquisições em fornecedores nacionais, reforçando o seu papel como parceiro estratégico do sector privado”, descreveu Isefa Sitoe, gestor de Procurement da Kenmare.
Citada numa publicação da Agência de Informação de Moçambique, a fonte avançou que a instituição mantém uma política clara de priorização geográfica. “Começamos sempre por procurar fornecedores em Topuito, depois em Nampula e só em seguida no resto do País. Só recorremos ao exterior se não houver capacidade local”, explicou.
Isefa Sitoe sublinhou que, actualmente, a Kenmare trabalha com 213 fornecedores moçambicanos. “Os serviços representam a maior fatia dos fornecimentos nacionais, desde manutenção, logística, fumigação, lavandaria e estruturas metálicas. A nossa aposta traduz-se em impacto social directo, exigindo que 80% a 90% da mão-de-obra dos subcontratados seja moçambicana, como forma de garantir a promoção de emprego e desenvolvimento local.”
Em Setembro, a Kenmare Resources anunciou ter iniciado os trabalhos para ligar duas novas dragas e a unidade de preparação de alimentação à Central de Concentração Húmida A (CCH A), no âmbito de um projecto de modernização na sua mina de Moma.
De acordo com um comunicado da produtora de minerais de titânio e zircão, o custo de capital estimado para o projecto de modernização da CCH A e a transição para Nataka mantém-se nos 341 milhões de dólares, incluindo a construção de uma nova instalação de deposição de material residual e infra-estruturas em Nataka.
A expectativa é que, até ao final de 2025, a CCH A opere com uma capacidade de 3500 toneladas por hora. A unidade deverá concluir o percurso de exploração em Namalope no segundo trimestre de 2026 e iniciar a transição para Nataka no final do mesmo trimestre, processo que deverá durar cerca de 18 meses.





























































