A Syrah Resources, empresa australiana que explora grafite, na mina de Balama, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, anunciou nesta terça-feira, 28 de Outubro, que no terceiro trimestre foram produzidas 26 mil toneladas, após seis meses de paragem provocada pela agitação social.
De acordo com uma informação divulgada pela Lusa, do total da produção, 24 mil toneladas de grafite foram vendidas e enviadas para clientes a um preço médio de 625 dólares (39,5 mil meticais) por tonelada, sendo que o produto abasteceu o mercado de baterias de viaturas eléctricas nos Estados Unidos da América (EUA) e na Indonésia.
“Com o retorno das operações normais de Balama e da logística de suporte ao transporte de produtos e carregamento de remessas, a subsidiária moçambicana da empresa, a Twigg Exploration and Mining, notificou o Governo de ter removido a declaração de ‘força maior’ prevista no Contrato de Mineração”, avançou a entidade.
Citado na nota, o director-executivo da Syrah, Shaun Verner, referiu que “os destaques operacionais da mineradora no terceiro trimestre incluíram a retoma segura das operações em Balama após um longo período inoperacional e a conclusão de carregamentos de granéis fraccionados de grande volume para a Indonésia e Estados Unidos da América, para além de novos carregamentos de contentores.”
“Esperamos manter o ritmo de produção e embarques no último trimestre de 2025. A bem-sucedida captação de capital colocou a empresa numa melhor posição para gerir a volatilidade do mercado”, destacou.
A empresa tinha recebido anteriormente financiamentos totais de 15,9 mil milhões de meticais (248 milhões de dólares) do International Development Finance Corp. e do Departamento de Energia dos EUA para apoiar a mina de Balama e construir uma fábrica de processamento nos Estados Unidos.
Na altura, a Syrah, fornecedora de grafite para baterias de veículos eléctricos, incluindo um contrato com a Tesla, destacou que os bloqueios impediram o transporte de materiais e levaram ao encerramento temporário das operações, com os trabalhadores dispensados.
Apesar das dificuldades, a retoma dos envios em Julho evidenciou esforços para superar os desafios relacionados com a segurança e estabilidade em Cabo Delgado, região estratégica para a indústria global de baterias.





























































