A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) está a investir 98 milhões de dólares (6,1 mil milhões de meticais) nas obras de asfaltagem de 117 quilómetros da Estrada Nacional Número 301 (N301), no troço que liga Matambo a Songo, na província de Tete, região Centro de Moçambique.
Citado pela Rádio Moçambique, o director de Procurement e Logística da HCB, Ilídio Tembe, explicou que os trabalhos fazem parte do reforço logístico ao projecto de reestruturação das centrais eléctricas da empresa, o que vai permitir ainda garantir o transporte seguro e eficiente de equipamentos de grande tonelagem, essenciais para a modernização da produção de energia no País.
“As obras foram adjudicadas a dois empreiteiros nacionais, com o objectivo de imprimir celeridade à execução das actividades. Os custos de manutenção estão incluídos no orçamento de construção da estrada. Além disso, temos uma previsão de uma vida útil de cerca de 20 anos. A infra-estrutura vai beneficiar a sociedade sem excepçãol”, detalhou.
O director sublinhou que o projecto de asfaltagem responde também aos impactos das mudanças climáticas que têm danificado, severamente, as vias de acesso, comprometendo a mobilidade e o desenvolvimento socioeconómico das comunidades locais.
Desde o início das operações em 1979, a HCB tem exportado a maior parte da sua produção para a Eskom, ficando apenas uma parte destinada à Electricidade de Moçambique (EDM). Actualmente, cerca de 300 MW de energia firme e 380 MW de energia variável são fornecidos ao sistema eléctrico nacional.
O Estado moçambicano detém 90% do capital social da HCB, desde a reversão para Moçambique, acordada com Portugal em 2007, enquanto a empresa portuguesa Redes Energéticas Nacionais (REN) tem uma quota de 7,5% e a Electricidade de Moçambique 2,5%.
A barragem está instalada numa estreita garganta do rio Zambeze e a sua construção decorreu de 1969 a 1 de Junho de 1974, durante o período colonial português, seguindo-se o enchimento da albufeira. A operação comercial teve início em 1977, com a transmissão dos primeiros 960 MegaWatts (MW), produzidos por três geradores, face à actual capacidade instalada de 2075 MW.
Dois marcos tornaram depois possível a ‘moçambicanização’ do empreendimento, após a independência de Moçambique. O primeiro ocorreu a 31 de Outubro de 2006, com a assinatura do protocolo que continha as condições necessárias para a reversão e a transferência do controlo de Portugal para o Estado moçambicano; o segundo materializou-se um ano depois, com a conclusão da reversão, a 27 de Novembro de 2007.






























































