Portugal vai reforçar a cooperação com Moçambique através da formação de docentes e estudantes da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) nas áreas de gestão eficiente de energia e de recursos hídricos. A iniciativa, conduzida pela Agência Nacional Portuguesa de Energia (Adene), tem como finalidade promover o uso sustentável da energia nos edifícios moçambicanos.
Segundo a Adene, o projecto assenta na partilha de práticas e conhecimentos relacionados com energia, água, mobilidade eficiente e clima. A cooperação prevê ainda a criação de observatórios temáticos em Moçambique, destinados à recolha, análise e divulgação de dados sobre eficiência energética no País.
Para formalizar esta parceria, foi assinado na quinta-feira (16), em Maputo, um protocolo de colaboração entre a Adene e a UEM. O documento define os termos e condições da cooperação e estabelece o apoio técnico especializado mútuo para a promoção da eficiência de recursos, nomeadamente da eficiência energética e hídrica nos edifícios.
O acordo contempla igualmente a realização de eventos e projectos conjuntos de sensibilização sobre o uso eficiente da energia. Além disso, prevê a replicação de acções bem-sucedidas noutras regiões de Moçambique e a identificação de oportunidades de candidatura a financiamentos internacionais nesta área.
Com vista à concretização destes objectivos, a Adene e a UEM lançaram em Moçambique a iniciativa “Rota da Energia Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP)”. Este programa é apresentado como uma acção de proximidade que visa transformar conhecimento em acção, através de demonstrações práticas, ferramentas técnicas e formação especializada.
A execução do projecto terá início em Maputo, podendo posteriormente ser alargada a outros países africanos de língua portuguesa. Esta expansão pretende reforçar a cooperação entre os PALOP e promover a adopção de práticas sustentáveis de gestão de energia e de recursos naturais.
De acordo com a Adene, esta colaboração enquadra-se no compromisso da agência com a cooperação internacional e o desenvolvimento sustentável. A instituição sublinhou ainda que o projecto aproxima Portugal e Moçambique na construção de um futuro energético mais eficiente, justo e resiliente.
Fonte: Lusa































































