O United Bank for Africa (UBA) reafirmou o seu compromisso com o crescimento sustentável e a transformação económica do continente, com o lançamento do livro branco “White Paper” intitulado “Apostando no futuro de África: desbloqueando capital e parcerias para o crescimento sustentável”, informou a instituição financeira através de um comunicado, enviado ao DE, nesta sexta-feira (17).
O livro foi apresentado na quinta-feira, nas Reuniões Anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Washington, e propõe um roteiro abrangente para acelerar o progresso de África através de soluções financeiras inovadoras, reformas políticas e parcerias estratégicas, colocando as prioridades económicas africanas no centro do debate global.
Segundo o comunicado, o “White Paper” delineia um plano exequível para aproveitar as oportunidades do continente em áreas como facilitação do comércio, infra-estruturas, inovação digital, financiamento climático e crescimento inclusivo.
O documento defende a integração do capital interno africano com alianças globais estratégicas, estimando o potencial de desbloqueio de cerca de 4 biliões de dólares em activos financeiros domésticos, incluindo 2,5 biliões de dólares em activos bancários comerciais e 1,1 bilião de dólares em capital institucional de longo prazo, além de 3,4 biliões de dólares correspondentes ao mercado único da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA).
Segundo o UBA, o livro representa “um avanço decisivo na construção de uma arquitectura financeira africana mais sólida”, capaz de ampliar o acesso ao capital, fortalecer parcerias estratégicas e acelerar o desenvolvimento sustentável.
O presidente do grupo UBA, Tony Elumelu, que apresentou a iniciativa, sublinhou que “África encontra-se numa encruzilhada transformacional, rica em resiliência, criatividade e potencial inexplorado”.
“Com este livro branco, o UBA defende o ‘africapitalismo’, capacitando o sector privado para impulsionar um crescimento sustentável que proporcione prosperidade e riqueza social”, afirmou o responsável.
“Acreditamos que o futuro económico de África deve ser construído pelos próprios africanos, com capital africano e visão africana”
Tony Elumelu
Defensor do conceito de “africapitalismo”, Tony Elumelu explicou que o relatório promove “crescimento inclusivo, inovação digital, inclusão financeira e industrialização resiliente às alterações climáticas”, com impacto directo na criação de empregos, redução da pobreza e integração regional no quadro da AfCFTA.
O líder do UBA defendeu ainda uma nova visão de soberania económica, apelando a investidores africanos e internacionais para mobilizarem o capital interno de 4 biliões de dólares e construírem parcerias estratégicas que reduzam riscos e ampliem oportunidades.
“Aos investidores em toda a África e no mundo: juntem-se a nós na mobilização do nosso capital interno. A era da acção chegou, vamos aproveitá-la juntos para a soberania económica de África”, exortou.
Por seu turno, o director-geral e CEO do grupo, Oliver Alawuba, afirmou que o “White Paper redefine o financiamento do desenvolvimento”, substituindo a dependência da ajuda externa por modelos de investimento impulsionados pela inovação africana.
Lançamento do livro branco “White Paper” pelo banco UBA
“Com o nosso profundo conhecimento local e alcance global, o UBA está numa posição única para desbloquear fluxos de capital e promover colaborações que transformam desafios em oportunidades”, declarou o CEO, apelando aos líderes financeiros mundiais para se juntarem à instituição na criação de soluções financeiras ágeis e sustentáveis.
No espaço financeiro internacional, o lançamento reforça a ascensão de África como actor relevante na economia global, convidando investidores, instituições e decisores políticos a envolverem-se mais profundamente com os mercados africanos e a reconhecerem o potencial do continente como destino de investimento diversificado e de longo prazo.
Fundado em 1949, “o United Bank for Africa é um dos maiores empregadores do sector financeiro africano”, com 25 mil funcionários e mais de 45 milhões de clientes. O grupo opera em 20 países africanos, incluindo Moçambique, e possui presença internacional no Reino Unido, Estados Unidos da América, França e Emirados Árabes Unidos.
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