O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou na quinta-feira, 16 de Outubro, segundo informa a Reuters, que continua impossibilitado de conceder empréstimos ao Zimbabué devido aos pagamentos em atraso do país, mas elogiou as recentes reformas económicas à medida que avançam as discussões sobre um potencial programa monitorizado pela sua equipa.
“A capacidade do Zimbabué de contrair empréstimos financeiros connosco é limitada pelo facto do país ter dívidas em atraso com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), o Banco Mundial (BM) e outros credores bilaterais”, afirmou Abebe Aemro Selassie, chefe do Departamento Africano do FMI.
Selassie observou que o credor global tem ajudado o Zimbabué por meio de uma plataforma de diálogo estruturada com o objectivo de demonstrar o compromisso do Governo com políticas macroeconómicas sólidas.
“E esperamos chegar a um acordo sobre um programa monitorado pela equipa nesse contexto”, acrescentou o representante.
O Zimbabué, que deve aproximadamente 12,2 mil milhões de dólares em atrasos externos, também está a buscar garantir 2,6 mil milhões de dólares em financiamento-ponte até meados de 2026, como parte de seus esforços mais amplos de resolução da dívida.
Um programa monitorado pela equipa é um acordo informal entre um país membro do FMI e a equipa do FMI para monitorar o programa económico do país membro sem exigir o endosso formal do conselho executivo do Fundo.
“Estamos muito empenhados, trabalhando com o governador e o ministro para encontrar uma solução”, referiu Selassie.
O representante do FMI também elogiou as reformas fiscais e monetárias do país, citando a redução do financiamento do banco central como uma medida crítica para controlar a inflação e estabilizar a taxa de câmbio.
O Ministério das Finanças do Zimbabué afirmou que a sua delegação teve “deliberações frutíferas” com o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial durante as reuniões anuais desta semana.
O organismo confirmou também que está prevista uma visita de uma missão do FMI a Harare no final de Outubro para discutir e alinhar o programa proposto monitorizado pelo Fundo, que o ministério descreveu como “uma prioridade fundamental” para o Governo do país.

































































