A África do Sul vai suspender uma moratória (suspensão temporária prolongada) de longa data sobre a exploração de gás de xisto assim que as novas regulamentações, previstas para este mês, forem publicadas, anunciou o ministro de Recursos Petrolíferos, Gwede Mantashe, nesta quinta-feira (16).
Uma proibição imposta em 2011 impediu o regulador de processar novos pedidos de licenças de reconhecimento, bem como direitos de exploração e produção, em resposta a protestos públicos e acções judiciais movidas por activistas ambientais preocupados com o impacto da fracturação hidráulica na região ecologicamente sensível de Karoo.
Nesta quinta-feira, um comunicado informou que o ministro do Meio Ambiente do país havia finalizado as regulamentações sobre gás de xisto e que elas seriam publicadas antes do final de Outubro.
“Assim que essas regulamentações forem publicadas, eu levantarei a moratória”, afirmou o ministro de Recursos Minerais e Petrolíferos, Gwede Mantashe, à Reuters, salientando que “a economia precisa de um gatilho para o crescimento, e o petróleo e o gás são esses gatilhos.”
O país africano favorece o gás, uma vez que tenta abandonar as centrais a carvão, mais poluentes, que fornecem a maior parte das suas necessidades de electricidade.
Os regulamentos sobre o gás de xisto proporcionarão um quadro para controlar as preocupações ambientais e de segurança, incluindo os desafios hídricos, associados à fracturação hidráulica na região semiárida de Karoo.
A África do Sul, a economia mais avançada do continente, depende do gás canalizado de Moçambique para abastecer os utilizadores industriais e precisa de novos fornecimentos, uma vez que esses campos estão a esgotar-se.
O primeiro terminal de importação de gás natural liquefeito do país está a ser desenvolvido em Richards Bay.
O gás de xisto, também chamado de gás não convencional, é um tipo de gás natural que fica preso dentro de uma rocha sedimentar porosa chamada xisto. Tem a mesma composição química do gás natural convencional, mas a sua extracção é diferente e mais complexa, uma vez que o gás fica preso em rochas com baixa permeabilidade
A Agência Petrolífera da África do Sul estima que a bacia de Karoo contenha cerca de 209 biliões de pés cúbicos de recursos de gás de xisto tecnicamente recuperáveis.
No entanto, um estudo realizado em 2017 por geólogos da Universidade de Joanesburgo indicou que a quantidade variava entre 13 triliões de pés cúbicos e 390 triliões de pés cúbicos e que provavelmente se situava perto do limite inferior desse intervalo.
O gás de xisto, também chamado de gás não convencional, é um tipo de gás natural que fica preso dentro de uma rocha sedimentar porosa chamada xisto. Tem a mesma composição química do gás natural convencional, mas a sua extracção é diferente e mais complexa, uma vez que o gás fica preso em rochas com baixa permeabilidade.

































































