As principais praças asiáticas encerraram a sessão desta quinta-feira (16) em alta, impulsionadas por um rally no sector tecnológico, depois de uma semana marcada por grande turbulência devido a uma escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos da América (EUA) e China. Os bons resultados da neerlandesa ASML, a maior fornecedora do mundo para o sector dos semicondutores, foram suficientes para tranquilizar receios sobre o boom da Inteligência Artificial (IA) e levar os mercados a apostar em força na tecnologia.
A China, no entanto, escapou à euforia. O Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,8% e o Shanghai Composite cedeu 0,1%, corrigindo dos avanços da sessão anterior. Na quarta-feira, embalado pelas perspectivas de uma flexibilização monetária nos EUA e um aliviar das tensões comerciais, o Hang Seng conseguiu crescer mais de 1,6% – liderando os ganhos das principais praças asiáticas.
Já pela Coreia do Sul foi dia de recordes, com o Kospi a acelerar mais de 2% e a atingir novos máximos históricos. Além do sector tecnológico, que viu a fabricante de chips SK Hynix a disparar 6,51%, a praça sul-coreana foi ainda embalada pelo maior optimismo do Fundo Monetário Internacional (FMI) em relação à economia do país. A organização sediada em Washington prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 0,9% em 2025 – acima dos 0,8% estimados anteriormente.
Nas restantes praças asiáticas, os japoneses Nikkei 225 e Topix conseguiram terminar no verde, ao acelerarem 1,14% e 0,56%, enquanto o australiano ASX/S&P 200 saltou 0,86% para novos máximos históricos. O índice foi impulsionado por uma maior expectativa em torno de um corte nas taxas de juro por parte do banco central do país, depois de novos dados terem apontado para um aumento do desemprego.
“Os investidores estão a ficar tão habituados aos altos e baixos políticos. Estão a perceber que, a menos que prejudiquem os lucros das empresas, que são os verdadeiros motores dos mercados de risco, eles realmente não podem afectar os mercados accionistas”, explica Fabiana Fedeli, analista da M&G Investments, à Bloomberg.
Pela Europa, espera-se uma abertura em território negativo, com a negociação de futuros do Euro Stoxx 50 a apontar para quedas ligeiras de 0,4%. Na quarta-feira, uma aparente maior estabilidade política em França e bons resultados trimestrais apresentados por algumas das maiores empresas europeias, como a LVMH e a ASML, não foram suficientes para deixar todas as praças do lado verde.

































































