A empresa multinacional de logística e correio expresso DHL planeia investir cerca de 349 milhões de dólares em armazéns e outras infra-estruturas em África para capitalizar a procura de sectores como o comércio electrónico e as energias renováveis, informou a Bloomberg, nesta quarta-feira, 15 de Outubro.
Segundo a empresa, o valor do comércio no continente aumentou 10%, apesar da guerra comercial do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump.
“África poderá ser a segunda maior região em termos de valor comercial em quatro anos”, afirmou o director-executivo da DHL Express, John Pearson, numa entrevista, acrescentando: “Quando abrimos uma nova instalação, armazém, centro de distribuição ou sede, é porque estamos a crescer.”
“O crescimento das importações da China para a África Subsaariana é de 26%. Trata-se de maquinaria e equipamento de construção”, destacou o responsável.
Para a China e outras nações, cujo comércio com os EUA foi afectado, África oferece uma oportunidade de diversificação. A Jumia Technologies AG, a maior empresa de comércio electrónico do continente, afirmou que as tarifas de Trump estão a ajudá-la a aceder a produtos chineses.
As remessas daquela nação asiática para África aumentaram 56% em Setembro, o crescimento mais rápido desde Fevereiro de 2021.
Ainda assim, África enfrenta dificuldades devido à infra-estrutura limitada. O continente precisa de investir até 170 mil milhões de dólares por ano para construir estradas e linhas de energia.
A Zona de Comércio Livre Continental Africana poderá dinamizar o comércio, segundo Pearson. “A DHL afirma ter observado um aumento nas entregas provenientes de cidades menores na Nigéria e na Etiópia”, sublinhou Pearson.
A maior parte das operações da DHL em África, que incluem armazenamento, embalagem e gestão da cadeia de abastecimento, estão localizadas na África do Sul, no Egipto e no Quénia.
































































