A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) reiterou a importância estratégica do processamento local dos recursos naturais como pilar para a industrialização do País e promoção de uma economia mais inclusiva.
Segundo um comunicado oficial, a posição foi defendida pelo vice-presidente da organização, Onório Manuel, durante um encontro de negócios realizado em Maputo, no âmbito da visita de uma delegação empresarial da província de Shandong, República Popular da China.
Na ocasião, Onório Manuel sublinhou a total abertura do sector privado moçambicano ao investimento chinês, com especial ênfase para parcerias que permitam transformar matérias-primas em produtos de maior valor acrescentado no território nacional.
A CTA considera que a China poderá desempenhar um papel crucial nesse processo, através da transferência de tecnologia, instalação de unidades de processamento e estabelecimento de parcerias industriais sólidas.
A intervenção da CTA destacou três áreas prioritárias para o sector privado: o fortalecimento do conteúdo local com impacto efectivo, que inclui a participação de empresas moçambicanas no fornecimento de bens e serviços, utilização de matéria-prima nacional e integração em projectos com possibilidade de participação accionista; o desenvolvimento da indústria de base, com foco no refino e transformação de minerais, processamento de gás natural e criação de pólos industriais com valor acrescentado interno; e, por fim, a estabilidade regulatória e melhoria do ambiente de negócios, com regras claras, procedimentos simplificados e coordenação institucional eficaz.

O vice-presidente da CTA aproveitou igualmente a ocasião para convidar os empresários chineses a participarem na 20.ª Conferência Anual do Sector Privado (CASP), agendada para os dias 12 a 14 de Novembro, em Maputo.
Por seu turno, o secretário de Estado para a área dos Recursos Minerais, Jorge Gerson Daúdo, reafirmou o compromisso do Governo com as reformas que promovam o processamento local dos recursos minerais e assegurem um ambiente de investimento seguro, com enfoque na sustentabilidade e no conteúdo local.
A representante da Embaixada da China em Moçambique, Wu Jinjia, enalteceu o bom estado das relações bilaterais e destacou os progressos alcançados nos últimos anos em diversas áreas de cooperação no âmbito da Iniciativa Faixa e Rota e do Fórum de Cooperação China-África, nomeadamente nos sectores do comércio, agricultura, infra-estruturas, energia e recursos minerais.






























































