A ministra das Finanças, Carla Louveira, reuniu-se nesta segunda-feira (13) com o director Regional do Banco Mundial para Moçambique, Fily Sissoko, para discutir estratégias de aceleração do crescimento económico e fortalecimento da estabilidade macrofiscal do País, avançou uma publicação da Agência de Informação de Moçambique.
Durante o encontro que aconteceu à margem das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Washington, nos Estados Unidos da América (EUA), as partes analisaram matérias prioritárias para o desenvolvimento nacional, com destaque para a criação de oportunidades económicas e de emprego, atracção de investimento directo estrangeiro, promoção dos corredores de desenvolvimento e dinamização das cadeias de valor do agro-negócio e turismo.
Na ocasião, a ministra reconheceu que a economia moçambicana atravessa um período desafiante, marcado por retracção nos sectores produtivos e pressões estruturais nas finanças públicas. “Estamos a enfrentar uma combinação de factores que afectam o nosso desempenho económico, nomeadamente a limitada capacidade de arrecadação de receitas, o rápido crescimento da despesa pública – sobretudo com salários e serviço da dívida – e o impacto de choques externos.”
Segundo a governante, esta conjuntura tem aumentado as necessidades de financiamento do Estado e afectado a prestação de serviços públicos básicos, comprometendo os indicadores de desenvolvimento humano e social. Neste sentido, para inverter o cenário, sublinhou que o Governo está a implementar reformas estruturais no sector real, fiscal e monetário, no quadro do Programa de Reforma Económica e Crescimento (Prece).
Por seu turno, Fily Sissoko destacou o compromisso da instituição em reforçar a cooperação com o Governo e apoiar as reformas em curso, recordando que “a revisão do portefólio de projectos é essencial para garantir a boa governação e um ambiente de negócios mais favorável. O nosso objectivo é trabalhar lado a lado com Moçambique para consolidar um quadro macrofiscal forte e promover um crescimento económico inclusivo e resiliente.”
“O Banco Mundial continua a ser um parceiro estratégico do País, com um portefólio que inclui projectos estruturantes nas áreas de energia, infra-estruturas, agricultura, saúde e educação, visando fortalecer a base económica e social de Moçambique”, concluiu.
“O ritmo de crescimento continua insuficiente para reduzir significativamente a pobreza extrema ou criar a quantidade e a qualidade de empregos necessárias para atender às demandas de uma força de trabalho em rápida expansão”, esclarece o relatório Africa Pulse, publicado em Washington antes das Reuniões Anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, que ocorrerão na próxima semana.

































































