O Prémio Nobel de Literatura de 2025 foi concedido a László Krasznahorkai “pela sua obra convincente e visionária que, através de um terror apocalíptico, reafirma o poder da arte.”
O Comité Nobel refere que “é um grande escritor épico da tradição da Europa Central que se estende através de Kafka até Thomas Bernhard e é caracterizado pelo absurdo e excesso caricato.”
O autor László Krasznahorkai nasceu em 1954 na pequena cidade de Gyula, no sudeste da Hungria, perto da fronteira com a Roménia. Uma área rural remota semelhante é o cenário do primeiro romance de Krasznahorkai, Sátántangó, publicado em 1985 (Satantango, 2012), que foi um êxito literário na Hungria e a obra inovadora do autor. O romance foi transformado num filme altamente original em 1994, em colaboração com o director Béla Tarr.
A crítica americana Susan Sontag coroou Krasznahorkai como o “mestre do apocalipse” da literatura contemporânea, julgamento a que chegou após ler o segundo livro, Az ellenállás melankóliája (1989; A Melancolia da Resistência, 1998).
Um quinteto de épicos e uma colectânea de 16 contos sobre o papel da beleza e da criação artística num mundo de cegueira são as pedras basilares da obra de Krasznahorkai.
O seu trabalho revela ainda profundas marcas deixadas pelas viagens à China e ao Japão.
Fonte: RTP Notícias






























































