O Governo pretende garantir que todos os cidadãos tenham acesso à água potável até 2029. O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Fernando Rafael, apelou esta quinta-feira, 9 de Outubro, a “respostas rápidas e eficazes” para acelerar o processo de universalização do abastecimento de água e saneamento, dando prioridade às zonas rurais, urbanas e aos grupos mais vulneráveis.
“Água e saneamento são os serviços mais visíveis e mais exigidos pelos cidadãos. Aqui somos chamados a dar respostas rápidas e eficazes para a universalização do serviço de abastecimento de água e saneamento”, afirmou o ministro, sublinhando que o objectivo é “avançar, passo a passo, rumo ao acesso universal e redução das assimetrias na prestação do serviço público.”
O governante falava em Maputo, na abertura do 11.º Conselho Coordenador do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, que decorre até esta sexta-feira. Fernando Rafael recordou que o Executivo prevê, no Plano Quinquenal, a construção de 154 sistemas de abastecimento de água em todo o País, como parte da estratégia para atingir a meta de acesso universal.
Até 2029, o Governo planeia ainda criar 133 mil novas ligações domiciliárias em cidades, vilas e zonas rurais, além de construir e reabilitar três estações de tratamento de água. Duas delas serão dedicadas ao tratamento de águas residuais nas cidades da Beira e Quelimane, e a terceira ao tratamento de lamas fecais em Tete, todas localizadas na região centro do País.
O plano inclui também a reabilitação do sistema de drenagem e de protecção costeira da cidade da Beira, bem como a execução de mais de 6 mil ligações de esgoto e a construção de 680 sanitários públicos, escolares e hospitalares. De acordo com o ministro, estas acções fazem parte de um esforço nacional para melhorar as infra-estruturas de abastecimento e saneamento.
“A conjugação destas acções permitirá expandir o acesso à água potável, incrementando a cobertura nacional do abastecimento de água dos actuais 62% para 68% até 2029, beneficiando mais de 5 milhões de pessoas”, explicou Fernando Rafael. O governante acrescentou que a cobertura de saneamento deverá aumentar de 37% para 47,7% no mesmo período, beneficiando mais 5,6 milhões de moçambicanos.
“A nossa missão é clara: garantir água em quantidade e qualidade para todos, colocando este recurso ao serviço da vida, da economia e do ambiente, transformando cada gota num motor de desenvolvimento e esperança para os moçambicanos”, declarou o ministro, reforçando o compromisso do Executivo com o bem-estar da população.
Em Agosto do ano passado, o então Presidente da República, Filipe Nyusi, destacou que 63,6% da população já tinha acesso à água potável, mas reconheceu a necessidade de construir mais barragens, sobretudo no norte do País. “No início do meu mandato, em 2015, o acesso à água potável situava-se em 51%, isto é, abastecia 12,6 milhões de pessoas, quando nós moçambicanos éramos 20 milhões”, recordou o antigo governante.
“Com a implementação de vários programas, com destaque para o “Água para Vida”, o nível de cobertura evoluiu para 63,6%, beneficiando cerca de 20 milhões em 2024”, acrescentou o antigo chefe do Estado, durante a inauguração do sistema de abastecimento de água de Pemba, na província de Cabo Delgado.
O Governo pretende dar continuidade a este progresso, reforçando as infra-estruturas e os investimentos para que, até 2029, o acesso universal à água potável se torne uma realidade em todo o território nacional.
Fonte: Lusa






























































