A ministra da Educação e Cultura, Samaria Tovela, reconheceu nesta quarta-feira, 8 de Outubro, o papel dos alfabetizadores no ensino nacional e garantiu que o Governo iniciou esta semana o pagamento dos subsídios em dívida a estes profissionais.
“O Presidente da República, Daniel Chapo, autorizou o pagamento aos alfabetizadores, por considerar que os mesmos fazem o seu trabalho do Rovuma ao Maputo e há que reconhecer este empenho. Hoje iremos fazer o balanço de quantas pessoas já foram pagas e quantos distritos foram abrangidos”, explicou a governante citada pela Lusa.
Intervindo em Maputo, durante a abertura do Conselho Coordenador da Educação, que decorre sob o lema “Educação, Investigação e Cultura: Vectores Fundamentais para o Desenvolvimento Sustentável do País”, a ministra reiterou que estão a ser pagos os subsídios em atraso deste ano, enquanto se organizam os outros processos das dívidas.
“Reconheço que temos desafios ainda a nível das infra-estruturas escolares e continuamos a trabalhar como Governo, e também com o apoio dos nossos parceiros, para construirmos mais escolas, especialmente nas áreas rurais, garantindo que as nossas crianças, de forma gradual, possam crescer e aprender em condições dignas”, destacou.
Moçambique debate-se desde o ano passado com paralisações de profissionais do sector da educação em contestação ao atraso no pagamento de horas extraordinárias e subsídios, em dívida desde finais de 2022. Só na província de Nampula, norte do País, mais de dois mil alfabetizadores interromperam as actividades no mês passado.
A maior parte dos alfabetizadores foi mobilizada para as províncias de Nampula (2817), Zambézia (1727), Cabo Delgado (939) e Tete (802). Nos primeiros três meses de 2024, que correspondem ao arranque do ano lectivo em Moçambique, foram ainda contratados 1982 professores do ensino primário, “beneficiando 130 mil alunos”, e 629 professores do ensino secundário, neste caso chegando 34 595 estudantes.

































































