Os depósitos de poupança dos moçambicanos aumentaram 12,5% em 2024, atingindo o montante recorde de 37,8 milhões de meticais (504 mil dólares) por cada 1000 adultos, segundo dados divulgados pelo Banco de Moçambique no mais recente relatório sobre inclusão financeira.
“A poupança beneficiou da estabilidade de preços, num contexto de incertezas económicas, incentivando os agentes económicos a reforçarem as suas reservas financeiras”, refere a instituição.
O documento consultado esta terça-feira (7) recorda que, em 2005, os depósitos de poupança no sistema financeiro nacional eram de apenas 3,6 milhões de meticais (48 mil dólares) por 1000 adultos. Este valor subiu para 33,6 milhões de meticais (448 mil dólares) em 2023, consolidando uma trajectória de crescimento constante ao longo das últimas duas décadas.
Ainda segundo o relatório, o total da poupança financeira em 2024 correspondeu a 49% do Produto Interno Bruto (PIB), um incremento de quatro pontos percentuais face ao ano anterior. Também a poupança per capita registou um acréscimo de 4,2 pontos percentuais, reflectindo uma tendência generalizada de acumulação de depósitos no sistema bancário.
Maputo (cidade e província) destacou-se como a principal praça financeira do País, concentrando 45% da poupança nacional no final de 2024. A região teve o crescimento mais expressivo, com um acréscimo de 16 pontos percentuais nos depósitos. Em contraste, províncias como Sofala e Nampula registaram aumentos mais modestos, de dois e um ponto percentual, respectivamente.
Apesar destes progressos, o Banco de Moçambique alerta para as disparidades regionais persistentes: “A mobilização de poupança continua a ser um desafio em algumas províncias, especialmente nas que registam os menores níveis de depósitos, como Niassa e Manica.”
Actualmente, o sistema financeiro regulado pelo banco central integra 15 bancos, 13 microbancos, três instituições de moeda electrónica, quatro entidades de transferência de fundos, quatro cooperativas de crédito, 13 organizações de poupança e empréstimo, duas sociedades financeiras de corretagem, e mais de 2200 operadores de microcrédito.
































































