As acções asiáticas subiram para máximos históricos, impulsionadas pelas praças do Japão, onde o partido que lidera o Governo (PLD) nomeou Sanae Takaichi como nova líder, e que deverá tornar-se a próxima primeira-ministra do país.
Esta será a primeira mulher a ser eleita para o Governo do partido nacionalista de direita que está no poder quase sem interrupções desde 1955, após a demissão de Shigeru Ishiba, no mês passado. Takaichi integra a ala mais à direita do partido e é conhecida por ser “pró-estímulo”, o que animou os mercados.
A vitória surpreendente de Takaichi reduziu as expectativas dos investidores de que o banco do Japão possa aumentar as taxas de juro já este mês, ao mesmo tempo que aumentou as preocupações sobre uma maior emissão de dívida para financiar cortes de impostos. Em reacção às notícias, a divisa nipónica cai quase 2%, para 150 ienes por dólar, enquanto recua 1,5% face ao euro, para 175,87 ienes, um mínimo histórico. Já os títulos japoneses com maior maturidade tiveram a maior queda em meses – o que, segundo o Goldman Sachs, pode contagiar mercados distantes como o dos Estados Unidos da América e do Reino Unido.
O Morgan Stanley Capital International (MSCI) para a Ásia-Pacífico subiu 0,2% para 224,68 pontos. No Japão, o Nikkei 225 chegou a saltar mais de 5% para 48 150,04 pontos, enquanto o Topix escalou 3,5% para 3237,66 pontos, ambos em máximos históricos. Na China, o Shangai Composite está encerrado devido ao feriado nacional da República Popular. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 0,6% para 26 979,01 pontos. O sul-coreano Kospi está também encerrado devido a um feriado nacional.
“Os investidores estão a equilibrar o potencial de subida do estímulo com o risco do mercado de títulos”, afirmou Dilin Wu, estratega da Pepperstone Group, em declarações à Bloomberg. “Os investidores vão precisar de observar de perto a interacção fiscal-monetária do Japão, os movimentos do mercado de títulos e a volatilidade do iene – esses serão os principais impulsionadores do posicionamento de activos cruzados nas próximas semanas”, acrescentou.
Pela Europa, os futuros do Euro Stoxx 50 apontam para uma subida ligeira de 0,1%, enquanto os mercados parecem continuar a ignorar o “shutdown” do Governo norte-americano, mesmo depois de o Presidente, Donald Trump, ter ameaçado com um despedimento em massa de funcionários federais, isto se entender que as negociações para acabar com a paralisação parcial dos serviços do Governo “não irão dar a lado algum”.
































































