A China assinou o segundo acordo com a Zâmbia e a Tanzânia para revitalizar a histórica ferrovia TAZARA, que liga a região central da província zambiana de Copperbelt ao porto de Dar es Salaam, no oceano Índico.
De acordo com a Bloomberg, a renovação da linha, construída com o apoio da China na década de 1970, custará cerca de 1,4 mil milhões de dólares, conforme anunciado pelo Ministério dos Transportes da Zâmbia nesta segunda-feira (29).
A ferrovia Tanzânia-Zâmbia (TAZARA), com 1860 quilómetros, estava em más condições e a operar com capacidade reduzida. A sua modernização chega num momento crítico, já que a Zâmbia e a República Democrática do Congo estão a aumentar a produção de cobre, o que levou a um grave congestionamento nas fronteiras da região devido à predominância do transporte rodoviário para a exportação de cargas.
O projecto de modernização inclui uma reabilitação completa dos trilhos, a aquisição de 32 novas locomotivas e 762 vagões, e visa melhorar a eficiência e a confiabilidade do transporte ferroviário, reduzindo o tempo e o custo das exportações de minerais.
A renovação da TAZARA surge num contexto de crescente concorrência, uma vez que os Estados Unidos da América (EUA) e a União Europeia (UE) também estão a apoiar o desenvolvimento de um corredor alternativo, o corredor Lobito, em Angola, que liga a mesma região ao oceano Atlântico, na costa Ocidental de África.
Além de melhorar a eficiência logística, o novo impulso para a ferrovia Tanzânia-Zâmbia visa também impulsionar as exportações de cobre e outros minerais essenciais para o crescimento económico da África Central.
Em Setembro de 2024, o Presidente da China, Xi Jinping, testemunhou a assinatura do acordo comercial sobre o projecto ferroviário Tanzânia-Zâmbia com os Presidentes de ambas as nações africanas, que se encontravam em Pequim a participar no Fórum de Cooperação China-África.
O acordo prevê ainda uma concessão de 30 anos para a empresa pública chinesa CCECC operar a ferrovia, com uma meta de recuperar o investimento antes de transferir a gestão de volta aos Governos da Tanzânia e da Zâmbia.
































































