As receitas com as exportações de tabaco de Moçambique recuaram 48% no primeiro trimestre de 2025, face ao mesmo período de 2024, fixando-se em 31,9 milhões de dólares (cerca de 2 mil milhões de meticais), segundo dados oficiais do Banco de Moçambique (BdM) citados pela Lusa.
De acordo com o BdM, no primeiro trimestre de 2024 o País tinha exportado tabaco no valor de 60,2 milhões de dólares (3,8 mil milhões de meticais). A forte queda registada este ano está associada a uma redução de 60% no volume exportado.
Em todo o ano de 2024, as exportações de tabaco alcançaram 217,2 milhões de dólares (13,7 mil milhões de meticais), o valor mais elevado dos últimos cinco anos, segundo o histórico do banco central.
O relatório mais recente do BdM sublinha que a descida registada no início de 2025 “resulta basicamente da queda no volume exportado”. Já o Governo, no documento de execução orçamental relativo ao primeiro semestre de 2025, reconheceu impactos nas receitas fiscais, apontando a “redução da produção nacional do tabaco com a saída da empresa British American Tobacco, uma das maiores multinacionais do sector de tabaco, para a África do Sul”.
No ano agrícola de 2022-23, Moçambique dispunha de 76,9 mil hectares de cultivo de tabaco e produziu 65,9 mil toneladas, uma quebra de 15% em comparação com o período anterior.
Para a campanha de 2023-24, o Executivo previa uma expansão para 129,3 mil hectares e uma produção de 81,2 mil toneladas, sinalizando uma aposta no reforço da cultura.
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 2023, apontava Moçambique como o oitavo País do mundo em área de cultivo de tabaco, com 91,5 mil hectares. No contexto africano, o País ocupava a terceira posição, atrás do Zimbabué (112,8 mil hectares) e do Maláui (100,9 mil hectares). Entre os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, apenas o Brasil e Moçambique figuram na lista dos 50 maiores produtores mundiais.


































































