Os preços do petróleo estão a valorizar no arranque da semana, enquanto os riscos com a oferta no Médio Oriente continuam a pesar nos mercados. Este fim-de-semana, a Rússia terá sobrevoado o espaço aéreo da Estónia, ao mesmo tempo que a Polónia mobiliza aeronaves militares após Moscovo lançar mais uma onda de ataques contra a Ucrânia, na zona oeste, perto da fronteira.
Também neste domingo (21), a força aérea alemã detectou um avião militar russo em espaço aéreo neutro sobre o Mar Báltico. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas vai reunir nesta segunda-feira.
“Os relatos do fim-de-semana de que a Rússia estava a ameaçar cruzar a fronteira com a Polónia relembraram os investidores dos riscos contínuos à segurança energética europeia vindos do nordeste”, disse Michael McCarthy, da Moomoo, à Reuters.
O Brent, referência europeia, soma 0,75% para 67,18 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate, referência americana, ganha 0,75%, para 63,15 dólares.
Os investidores pesam ainda o impacto das sanções da União Europeia sobre o abastecimento russo de crude, que vão incidir sobre empresas chinesas e indianas do sector petrolífero, numa altura em que o bloco procura intensificar a pressão sobre o acesso da Rússia aos petroleiros.
“Estamos agora a perseguir aqueles que alimentam a guerra ao adquirirem petróleo em violação das sanções”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na passada sexta-feira. “O nosso alvo são refinarias, comerciantes de petróleo e empresas petroquímicas em países terceiros, incluindo a China”, explicitou.
O mercado reage ainda à chamada telefónica entre os presidentes dos Estados Unidos da América e da China, na sexta-feira, que aliviou as tensões entre os dois maiores consumidores de petróleo do mundo e reduziu as preocupações de que Washington impusesse taxas a Pequim pela compra de petróleo bruto russo.

































































