O Governo reconheceu esta quinta-feira, 18 de Setembro, a necessidade de elevar a taxa de penetração dos seguros na economia nacional, que se situou em 2% em 2024, e defendeu a adopção de medidas que permitam dar “saltos qualitativos” no acesso a produtos de seguro, informou a agência Lusa.
“Relativamente à taxa de penetração de seguros na nossa economia, a mesma situa-se em torno de 2%, em 2024, contra a média de cerca de 4% para os países da ASEL (Associação de Supervisores de Seguros Lusófonos). Daí a necessidade de acelerarmos os passos para equalizarmos e darmos saltos qualitativos do ponto de vista de acesso a produtos de seguro”, apelou o secretário de Estado do Tesouro e Orçamento, Amílcar Tivane.
O governante falava na abertura da 29.ª Conferência Anual da ASEL, que decorre em Maputo, onde sublinhou a importância de debater estratégias para a “promoção e desenvolvimento sustentável” do sector segurador, considerado “crucial” no contexto de grandes projectos de recursos naturais e de inclusão financeira no País.
Amílcar Tivane reiterou ainda a relevância da “expansão dos serviços” e do acesso e uso de “serviços financeiros de qualidade, reforçando a protecção do consumidor”, acrescentando que o encontro permitirá igualmente discutir o papel da inteligência artificial e o impacto das mudanças climáticas no sector segurador.
Citando dados do Banco de Moçambique, o secretário de Estado revelou que, até 2023, apenas 17% da população tinha acesso a algum produto de seguro, com maior incidência nos homens e com diferenças “significativas” entre zonas urbanas e rurais.
As autoridades garantiram que as reformas em curso no sector serão alinhadas ao Plano Quinquenal 2025-2029 e à Estratégia de Inclusão Financeira 2025-2031, visando “maior acesso a serviços de qualidade”.
Segundo dados do banco central, o mercado segurador nacional gerou, em 2023, prémios brutos de quase 21,8 mil milhões de meticais (340 milhões de dólares), uma ligeira descida em relação ao recorde de 21,8 mil milhões de meticais (341 milhões de dólares) registado em 2022.
No mesmo período, a actividade seguradora movimentou prémios de 18,5 mil milhões de meticais (288 milhões de dólares) no ramo “Não Vida” e de 3,3 mil milhões de meticais (52 milhões de dólares) no ramo Vida.
Em 2023, operavam no País 17 seguradoras, das quais 12 exploravam os ramos “Não Vida”, duas exclusivamente o ramo “Vida” e três ambos os ramos. Moçambique contava ainda com três microsseguradoras, uma resseguradora, oito sociedades gestoras de fundos de pensões, 145 corretores de seguros, cinco corretores de resseguro e 31 agentes de sociedade comercial.





























































