Os preços do petróleo estão a descer nesta terça-feira (16) depois de duas sessões de ganhos, num mercado que equilibra a possibilidade de novas sanções ocidentais ao crude russo com os receios de excesso de oferta.
Nesta manhã, o Brent desce 0,39% para 67,18 dólares por barril, enquanto o WTI recua 0,39% para 63,05 dólares.
A União Europeia estuda aplicar sanções a empresas da China e da Índia que têm ajudado Moscovo a manter as exportações, como parte de um novo pacote de restrições. Estes dois países tornaram-se os maiores compradores de petróleo russo desde a invasão da Ucrânia em 2022.
A pressão no mercado também resulta da perspectiva de abundância de oferta, com a Agência Internacional de Energia a antecipar um excesso recorde já em 2026, devido ao regresso mais rápido do que o esperado da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+). “Os prémios de risco geopolítico sustentam o mercado no curto prazo, mas a pressão do excesso de oferta continua a crescer”, afirmou Gao Mingyu, analista-chefe da SDIC Essence Futures.
Por outro lado, a intensificação dos ataques da Ucrânia contra refinarias e terminais de exportação russos aumenta a ameaça de disrupções no fornecimento. Analistas do JPMorgan citados pela Reuters consideram que estas ofensivas têm como alvo “limitar a capacidade de a Rússia vender o seu petróleo no exterior, afectando os mercados de exportação”, o que pode “acrescentar pressão em alta sobre os preços.”
O mercado acompanha ainda a reunião da Reserva Federal, da qual é amplamente esperado um corte nas taxas de juro. Embora o alívio monetário tenda a impulsionar a procura de energia, persistem dúvidas quanto à solidez da economia norte-americana.





























































