A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) revelou esta segunda-feira (15) que o crescimento económico agregado dos países do G20 acelerou para 0,9% no segundo trimestre de 2025. Apesar do aumento no ritmo, a taxa permanece dentro da faixa observada nos últimos trimestres, reflectindo um crescimento moderado, mas consistente.
Nos Estados Unidos da América, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,8% entre Abril e Junho, depois de uma contracção de 0,1% no primeiro trimestre. O cenário económico do país foi marcado pelos anúncios do Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre tarifas comerciais, que influenciaram tanto a produção como o comércio externo.
A Coreia do Sul registou uma recuperação significativa, passando de uma contracção de 0,2% para um crescimento de 0,7%. A Turquia também acelerou, de 0,7% para 1,6%, enquanto a África do Sul passou de 0,1% para 0,8% e a Arábia Saudita de 1,1% para 1,7%, sinalizando uma recuperação em vários países emergentes do G20.
Por outro lado, alguns países mais expostos aos efeitos das tarifas norte-americanas registaram quedas no PIB. O Canadá caiu 0,4% entre Abril e Junho, depois de ter crescido 0,5% no trimestre anterior, a Alemanha registou uma queda de 0,3% e Itália de 0,1%, revertendo os ganhos dos três meses anteriores.
Outros membros do G20 também enfrentaram desaceleração económica. O Brasil viu o crescimento reduzir de 1,3% para 0,4%, enquanto o Reino Unido desacelerou de 0,7% para 0,3%. Estes dados reflectem os desafios enfrentados por economias com forte exposição ao comércio internacional.
A progressão na Ásia foi ligeiramente mais lenta. A Índia passou de 2% para 1,7% e a China registou desaceleração de 1,2% para 1,1%, números que indicam um abrandamento gradual das principais economias asiáticas, apesar de continuarem a contribuir para o crescimento global.
A análise da OCDE evidencia uma tendência mista: enquanto algumas economias emergentes recuperam ou aceleram a actividade económica, outras enfrentam impacto negativo de factores externos, como tarifas comerciais e condições globais adversas. O crescimento agregado do G20 permanece, assim, moderado, mas resiliente frente a desafios externos.
Fonte: Lusa































































