O secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços de Portugal, Pedro Machado, criticou nesta quarta-feira, 27 de Agosto, o excesso de burocracia no ambiente de negócios em Moçambique, considerando que retarda o crescimento, desenvolvimento e promoção de investimentos no País.
“A burocracia é uma matéria com a qual as empresas e os empresários sofrem, pois não é amiga do ambiente económico e, muitas vezes, cauciona aquilo que é a ambição de crescimento, de desenvolvimento e dos investimentos”, afirmou Machado, durante o lançamento do “Directório 2025”, que aborda as potencialidades de Moçambique para o negócio.
Citado pela Lusa, o responsável acrescentou que as barreiras no ambiente de negócios não acontecem só em Moçambique e pediu esforços ao Governo e ao sector privado na sua remoção, por impedirem o desenvolvimento de alguns países. “Quem desenvolve, cria negócios e emprego são as empresas, e o Estado não tem de atrapalhar.”
O governante português voltou a mostrar a abertura de Portugal em apoiar o País na formação de quadros e na partilha de experiências no sector da economia. “Estamos à disposição para cooperar em matéria de formação e capacitação, através de iniciativas que reforcem a presença e a competitividade de Moçambique”, concluiu.
Nesta semana, Pedro Machado, considerou a participação de Portugal na 60.ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM) um passo decisivo para reforçar as relações bilaterais com Moçambique, colocando o evento como “pontapé de saída” para a cimeira luso-moçambicana, marcada para Dezembro, em Lisboa.
O governante, que inaugurou o pavilhão do seu país, sublinhou a relevância da feira para a diplomacia económica. “Uma presença na FACIM é muito importante para Portugal, não só pelas relações bilaterais que temos com Moçambique ao longo de décadas, mas principalmente porque abre uma nova perspectiva de investimentos”, afirmou, depois de visitar os expositores portugueses no certame.
Segundo o secretário de Estado, estão criadas as condições para estreitar ainda mais a cooperação económica e cultural, aproveitando a língua e a história partilhada como elementos de aproximação. “A cultura e a língua portuguesa são um veículo essencial para reforçarmos não só os laços económicos, mas também a relação entre os povos”, destacou.
O que é o “Directório 2025”?
O Directório 2025 lançado por Portugal, especificamente pela Câmara de Comércio Portugal-Moçambique (CCPM), é um relatório que apresenta as potencialidades de Moçambique para negócios e investimentos, evidenciando oportunidades económicas e propondo formas de remoção de barreiras no mercado empresarial entre os dois países.
































































