Com o início do segundo semestre de 2025, alguns países africanos continuam a registar a valorização das suas moedas nacionais, figurando entre as mais fortes do continente.
Embora nem todas as moedas africanas estejam a fortalecer-se, aquelas que mostram sinais de robustez podem ser beneficiadas de várias formas, tanto a nível interno como externo.
Uma das vantagens mais imediatas de uma moeda forte é a redução da inflação. Muitos países africanos dependem fortemente da importação de bens essenciais, como petróleo, alimentos e factores de produção industrial.
Quando a moeda local valoriza, as importações tornam-se menos dispendiosas, o que ajuda a reduzir o custo de vida, beneficiando tanto os consumidores como as empresas.
Este efeito é particularmente importante em África, onde uma grande parte dos produtos consumidos é proveniente do exterior.
Além disso, uma moeda forte dá aos bancos centrais margem para baixar as taxas de juro sem pressionar a inflação, conferindo-lhes maior flexibilidade na gestão da política monetária.
Quando esta valorização é sustentada por fundamentos económicos sólidos e não por medidas artificiais, pode ainda reduzir o custo de matérias-primas e equipamentos importados, beneficiando as indústrias locais.Os países com sectores industriais em crescimento podem aproveitar moedas mais fortes para aumentar a produção e impulsionar as exportações.
Outro benefício relevante é a redução do custo da dívida externa. Muitos países africanos possuem empréstimos em dólares ou euros e, quando a moeda local valoriza, o custo de reembolso desses empréstimos em moeda nacional torna-se mais baixo.
De acordo com o conversor de moedas da Forbes, actualizado pela última vez a 23 de Junho, as moedas da Tunísia, Marrocos e Gana registaram uma ligeira valorização em relação ao mês anterior.
Por outro lado, as moedas da Líbia, Botsuana, Suazilândia, África do Sul e Namíbia desvalorizaram. A moeda da Eritreia manteve-se estável.

Fonte: Business Insider Africa