Um estudo publicado no início deste ano na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) mostra que os smartwatches podem detectar sinais subtis de doença horas antes de uma pessoa se sentir doente.
A investigação foi conduzida por cientistas da Texas A&M University e da Stanford University, nos Estados Unidos, que analisaram como este tipo de detecção precoce pode desempenhar um papel fundamental para abrandar, ou mesmo parar, a propagação de doenças infecciosas como a covid-19 ou a gripe.
De acordo com o portal Zap Aeiou, o estudo concluiu que os relógios inteligentes podem reduzir o risco de transmissão de doenças em quase 50%. Isto porque os dispositivos já detectam alterações físicas que surgem antes dos sintomas se manifestarem.
“Mesmo antes de um indivíduo começar a apresentar sintomas da doença, ocorrem mudanças fisiológicas no seu corpo – como um aumento da temperatura ou uma mudança no padrão de sono – que são normalmente demasiado subtis para a pessoa se aperceber, mas que podem ser detectadas por um smartwatch”, disse o cientista Martial Ndeffo-Mbah.
“A investigação sobre a gripe indica que a maioria das pessoas inicia o tratamento demasiado tarde, vários dias após o aparecimento dos sintomas, quando o ideal seria iniciar o tratamento antes do aparecimento dos sintomas”, refere.
“Mesmo na fase pré-sintomática, os indivíduos infectados são frequentemente contagiosos, e os estudos demonstraram que até 44% das infecções por covid-19 foram transmitidas por pessoas sem sintomas.”