O petróleo está a recuar depois de ter subido 3% esta quarta-feira, 2 de Julho, o maior ganho em quase duas semanas. Há uma crescente preocupação entre os investidores de que as tarifas dos Estados Unidos da América (EUA) vão voltar à carga depois do prazo de 9 de Julho. Isto porque a Casa Branca ainda só conseguiu assinar três acordos comerciais, com a China, o Reino Unido e o Vietname. Neste cenário, o mercado petrolífero receia que a procura por crude recue ainda mais, ao mesmo tempo que a oferta deverá aumentar por parte da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+).
O Brent, de referência para a Europa, caiu 0,78% para 68,57 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, perdeu 0,82% para 66,90 dólares.
O cartel irá reunir-se este fim-de-semana e espera-se que anuncie um aumento das quotas de fornecimento em 411 mil barris por dia a partir de Agosto, pelo que o mercado será provavelmente cauteloso quanto a correr demasiados riscos no fim-de-semana prolongado nos EUA.
A incerteza sobre a política comercial, aliada ao feriado do Dia da Independência dos EUA, a 4 de Julho, fará com que os traders não queiram “correr muitos riscos no fim-de -semana prolongado”, disseram analistas do ING numa nota citada pela Reuters.
As reservas de petróleo bruto nos EUA aumentaram 3,8 milhões de barris para 419 milhões de barris na semana passada, o primeiro aumento semanal desde Maio.
O foco do mercado está agora na divulgação do relatório mensal de emprego norte-americano para moldar as expectativas sobre a profundidade e o momento dos cortes nas taxas de juro pela Reserva Federal no segundo semestre deste ano.