As principais praças asiáticas fecharam a última sessão da semana divididas entre ganhos e perdas, num dia em que a Europa aponta para uma abertura positiva, depois de o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, ter informado, através da porta-voz da Casa Branca, que vai decidir nas próximas duas semanas se os EUA se juntam a Israel e atacam o Irão.
“A mensagem anterior era de que os EUA estariam a considerar um ataque nos próximos dias. Agora, Trump está a sugerir uma decisão nas próximas semanas”, disse Rodrigo Catril, analista do National Australia Bank, à Reuters. A mudança na narrativa da Casa Branca, com o Presidente norte-americano a mostrar-se mais cauteloso, está a ser suficiente para animar as negociações desta sexta-feira (20). “Embora a notícia de que a administração dos EUA não está a considerar um ataque iminente deva ser vista como positiva, abrindo a porta à negociação, os investidores ainda estão muito nervosos”, acrescentou Catril.
Neste contexto, o chinês Hang Seng, de Hong Kong, cresceu 0,74%, enquanto o Shanghai Composite caiu 0,07%, num dia em que as autoridades do país decidiram manter a sua política monetária inalterada.
Já pelo Japão, o Nikkei 225 encerrou na linha de água com tendência positiva, ao subir 0,01%, enquanto o Topix cedeu 0,49%. A inflação subjacente do país (que exclui os segmentos com maior volatilidade) voltou a acelerar em Maio para 3,7% – o valor mais elevado desde Janeiro de 2023, que fica ligeiramente acima das expectativas dos analistas.
Nas restantes praças asiáticas, o sul-coreano Kospi saltou 1,39%, ultrapassando os 3 mil pontos pela primeira vez em três anos e meio, enquanto o australiano S&P/ASX 200 cedeu 0,21%.
Apesar dos futuros europeus apontarem para uma abertura em alta, o optimismo pode vir a ser limitado pela queda nas vendas a retalho no Reino Unido. Em Maio, este indicador afundou 2,7%, a maior queda desde Dezembro de 2023, quebrando uma tendência altista que se vinha a registar há quatro meses. Os analistas esperavam um declínio nas vendas a retalho de apenas 0,5%.
