O ouro está a negociar em território negativo e prepara-se para fechar a semana no vermelho, numa altura em que as perspectivas da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos da América (EUA) para o resto do ano estão a reduzir as expectativas dos investidores quanto ao número de cortes nas taxas de juro. O banco central prevê um aumento da inflação até finais de 2025, afastando-se do objectivo de 2%, e espera também que a economia abrande mais acentuadamente do que antes.
Neste contexto, o metal precioso recua 0,63% para 3349,75 dólares por onça. Só esta semana, o ouro já perdeu quase 2,5%, apesar das tensões geopolíticas continuarem a fervilhar. No entanto, os investidores parecem não querer estar a tomar grandes posições face a um conflito que o analista da OANDA, Kelvin Wong, descreve como “fluido”.
Prova das constantes mudanças nesta guerra é a indefinição do Presidente dos EUA, Donald Trump. Depois de ter falado em atacar o Irão “nos próximos dias”, Trump parece ter mudado a sua narrativa. Esta quinta-feira, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, revelou que o republicano vai decidir nas próximas duas semanas se os EUA vão atacar Teerão.
“Com base no facto de existir uma probabilidade substancial de negociações que podem ou não ocorrer com o Irão num futuro próximo, tomarei a minha decisão sobre se devo ou não agir nas próximas duas semanas”, disse Leavitt, lendo uma mensagem escrita por Trump.