A administração Trump admite acrescentar Moçambique à lista de países cujos cidadãos poderão ficar impedidos de entrar nos Estados Unidos, revela um memorando interno do Departamento de Estado citado pela agência Reuters.
A proposta prevê alargar a actual proibição – que já atinge 12 Estados, entre eles Afeganistão, Iémen e Somália – a mais 36 nações consideradas “preocupantes”. O grupo inclui três membros dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP): Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe. A Guiné Equatorial, também da CPLP, já figurava na lista original.
Segundo o documento, os países sob avaliação dispõem de 60 dias para demonstrar cooperação em matéria de deportação dos seus nacionais e de prevenção de actividades terroristas. Findo esse prazo, poderá ser recomendada a suspensão total ou parcial de entrada em território norte-americano.
Em caso de suspensão parcial, a restrição incidirá sobre vistos de turismo, negócios ou estudo, mantendo-se a possibilidade de deslocação para diplomatas. Além dos três PALOP, a lista provisória inclui países como Egipto, Nigéria, Síria, Tanzânia ou Zâmbia.
A medida, se avançar, poderá afectar cerca de 70 milhões de falantes de português espalhados por quatro continentes.
Organizações de defesa de direitos civis nos Estados Unidos classificam a iniciativa como “discriminatória” e pedem ao Congresso que rejeite qualquer novo alargamento das restrições migratórias.
Fonte: CNN Portugal