Os preços do petróleo negoceiam de forma volátil esta segunda-feira (16), depois de o barril de crude ter disparado quase 9% na sexta-feira, à medida que as renovadas tensões entre Israel e o Irão aumentam as preocupações de que o conflito se possa alargar a todo o Médio Oriente e perturbar significativamente as exportações de petróleo da região, responsável por produzir cerca de um terço do “ouro negro” a nível global.
O West Texas Intermediate (WTI) – de referência para os Estados Unidos da América – ganha esta manhã 0,73% para os 73,51 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,69% para os 74,74 dólares por barril.
Mísseis iranianos atingiram Telavive e a cidade portuária de Haifa, em Israel, esta segunda-feira, alimentando as preocupações dos líderes que estarão reunidos no encontro das sete maiores economias mundiais – grupo conhecido como G7 – desta semana.
Os últimos desenvolvimentos do conflito suscitaram igualmente preocupações quanto a perturbações no Estreito de Ormuz, uma passagem marítima vital, sendo que cerca de um quinto do consumo total de petróleo do mundo passa por este estreito.
Enquanto os mercados estão atentos a potenciais interrupções na produção de petróleo iraniano devido aos ataques de Israel a instalações de energia, o aumento dos receios de um bloqueio no Estreito de Ormuz poderá fazer subir acentuadamente os preços.
O Irão, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), produz actualmente cerca de 3,3 milhões de barris por dia (bpd), de acordo com a Reuters, e exporta mais de 2 milhões de bpd de petróleo e combustível.