Começaram, esta semana, as obras de construção de 16 casas resilientes para realojar 69 famílias do distrito de Mossuril, na província de Nampula, afectadas pelo ciclone Jude, que atingiu a região Norte de Moçambique em Março.
“Ao todo vão ser erguidas 69 casas para ajudar os afectados. O processo de construção inclui artesãos e uma parte da população que vai ser capacitada em mecanismos resilientes”, detalhou o administrador do distrito de Mossuril, Alfredo Maxlhaieie, citado numa publicação da Lusa.
O responsável detalhou que, para além das residências destruídas, a tempestade tropical também devastou campos agrícolas e algumas escolas, e afectou mais de 200 mil pessoas em Mossuril, o correspondente a 26 mil famílias que continuam a ser assistidas por diversos parceiros nas suas zonas de residência, tanto em géneros alimentícios, como na área da agricultura e do abastecimento de água.
“Face às consequências dos sucessivos ciclones que, nos últimos anos, têm afectado, nomeadamente o norte de Moçambique, o objectivo é construir casas resilientes às mudanças climáticas, avaliadas em cerca de 120 mil meticais cada”, frisou.
O ciclone Jude, que entrou no território moçambicano a 10 de Março, pelo distrito de Mossuril, na província de Nampula, causou a morte de pelo menos 16 pessoas, afectando ainda as províncias de Tete, Manica, Zambézia, Niassa e Cabo Delgado.
Classificado como um dos países mais vulneráveis às alterações climáticas, Moçambique enfrenta ciclicamente fenómenos extremos como cheias, ciclones tropicais e secas severas, sendo este mais um episódio a pôr à prova a capacidade de resposta e resiliência do País.