O barril de petróleo está a negociar praticamente inalterado esta quarta-feira (11), numa altura em que o relativo optimismo em torno das negociações entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China está a ser eclipsado pela decisão de um tribunal norte-americano, que determinou que as tarifas do Presidente Donald Trump podem avançar temporariamente, até que haja uma decisão final alcançada na justiça.
Nesta manhã, o barril de Brent para entrega em Agosto está a recuar 0,10%, para os 66,80 dólares. Já os contratos de Julho do West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, seguem a perder 0,05%, para 64,95 dólares por barril. Os dois benchmarks chegaram a avançar mais de 1% na sessão anterior, com os investidores expectantes em relação a um possível acordo entre Pequim e Washington – um optimismo que acabou por ser limitado, depois de as duas superpotências terem optado por não revelar grandes detalhes.
A guerra comercial em curso tem exercido pressão sobre os preços do petróleo. Qualquer recuo nas tensões deve dar força ao crude, mas os investidores continuam bastante apreensivos com a vitalidade do mercado, numa altura em que as projecções apontam para uma procura debilitada que não vai conseguir escoar toda a matéria-prima disponível.
“Cada vez mais, à medida que avançamos para o terceiro trimestre, esperamos ver os preços a rondar a extremidade inferior do intervalo de 60 a 65 dólares, com riscos dos preços caírem abaixo dos 60 dólares nos últimos três meses do ano”, explicou Robert Rennie, analista do Westpac Banking Corp, à Bloomberg.
Apesar dos sinais de menor procura, as estimativas apontam para uma terceira semana consecutiva de redução nos stocks norte-americanos de crude. De acordo com dados da American Petroleum Institute (API), as reservas de petróleo no país terão caído 400 mil barris – um valor que ainda vai ser confirmado, esta quarta-feira, pela Administração de Informação em Energia, que está sob a tutela do departamento norte-americano da energia.