As principais praças asiáticas encerraram a sessão desta quarta-feira (11) com ganhos ligeiros, numa altura em que os olhos estão todos postos nas negociações entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China.
Apesar das duas superpotências até terem chegado a um acordo de princípio, que carece ainda do aval dos Presidentes norte-americano e chinês, os investidores mostram-se bastante cautelosos, uma vez que as autoridades de ambos os países optaram por não revelar muitos detalhes.
“Chegámos a um quadro para implementar o acordo alcançado em Genebra”, afirmou Howard Lutnick, secretário do Comércio dos EUA e líder da delegação norte-americana, após negociações que se arrastaram por dois dias em Londres. Do lado chinês, também o representante do Comércio Internacional da China, Li Chenggang, mostrou-se optimista em relação ao futuro, apontando para um recuo das tensões comerciais que têm assombrado a economia mundial desde que Donald Trump chegou à Casa Branca.
“Apesar de ambas as partes até terem anunciado progressos nas negociações de Londres, ainda há trabalho a fazer para chegar a um acordo concreto – o que deixa espaço para potenciais contratempos e incertezas”, explica Tim Waterer, analista de mercados da KCM Trade, à Bloomberg, acrescentando que é provável que este factor acabe por restringir o optimismo nos mercados.
Neste contexto, as praças chinesas acabaram por encabeçar os ganhos na Ásia, com o Shanghai Composite e o CSI 300 – ambos referentes à negociação continental – a avançarem 0,62% e 0,87%, respectivamente. Já o Hang Seng, de Hong Kong, valorizou mais de 1%.
Nas restantes principais praças da região, os japoneses Topix e Nikkei 225 também conseguiram terminar à tona, com ganhos de 0,06% e 0,42%, enquanto o sul-coreano Kospi saltou 1,13% – atingindo máximos de três anos e meio.
Pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura no vermelho, com o Euro Stoxx 50 a recuar 0,2% no pre-market.