A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Maria Lucas, defendeu que o País está pronto para receber investimentos chineses e “elevar as trocas comerciais para níveis mais altos”, no âmbito da “Iniciativa das 10 Parcerias”, informou esta quarta-feira, 11 de Junho, a Agência de Informação de Moçambique.
Maria Lucas, que falava na cidade de Changsha, capital da província de Hunan, durante a Conferência Ministerial dos Coordenadores para a Implementação dos Resultados da “IV Cimeira do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC)”, afirmou que a China se tornou o maior parceiro comercial de África, inclusive de Moçambique.
Segundo a agência, a iniciativa foi proclamada pelo Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, durante a “IV Cimeira do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC)”.
As autoridades chinesas apontaram a aprendizagem mútua entre civilizações, a prosperidade comercial, a cooperação na cadeia de valores produtiva para a industrialização, a conectividade, o desenvolvimento da cooperação, a saúde, agricultura e bem-estar, o intercâmbio entre os povos, o desenvolvimento verde e a segurança comum como as dez acções de parceria que têm o propósito de aprofundar a modernização da cooperação da China com África nos próximos três anos.
Na ocasião, Maria Lucas saudou a adopção da política chinesa de tarifa zero aos produtos provenientes do continente africano, e o anúncio do Xi Jinping sobre a disponibilização de mais de 50 biliões de dólares para a implementação das dez acções no âmbito da Iniciativa das Dez Parcerias.
“Moçambique acolhe e elogia esta iniciativa promissora, mas para que seja viável e bem-sucedida nos nossos países, no País em particular, existem desafios que devem ser resolvidos, incluindo a flexibilidade dos mecanismos de preparação e submissão dos projectos e desembolso de fundos”, disse a ministra.
“Neste contexto, reitero a importância fundamental da capacitação dos nossos países, através da assistência técnica, sobre como preparar projectos de acordo com os critérios e padrões exigidos pelas autoridades chinesas”, sublinhando ainda acreditar “que isso ajudaria a tornar o processo mais rápido e eficaz.”
A ministra demarcou os esforços que estão a ser feitos para melhorar o ambiente de negócios favorável aos investimentos públicos e privados para o desenvolvimento de África e Moçambique, enfatizando que “o País está a trabalhar para garantir uma maior estabilidade política para atrair investimento directo estrangeiro, particularmente de empresários chineses.”
Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Hi, definiu o século XXI como sendo ‘o africano’, enquanto os ministros africanos que intervieram foram unânimes em considerar o FOCAC como uma plataforma importante na relação sino-africana, sobretudo no contexto das crises provocadas pela actual e complexa situação política internacional.
A Conferência Ministerial dos Coordenadores para a Implementação dos Resultados da IV Cimeira do Fórum de Cooperação China-Africa contou com a presença de 53 ministros africanos dos Negócios Estrangeiros e do Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, e demais dirigentes do Ministério das Relações Exteriores da República Popular da China.