O ouro está a negociar em alta e a beneficiar da sua posição como um activo-refúgio, numa altura em que as autoridades chinesas e norte-americanas decidiram não revelar grandes detalhes do acordo de princípio alcançado na noite desta terça-feira (10).
As duas delegações estiveram reunidas durante dois dias em Londres para resolver as suas divergências em matéria de política comercial e alcançaram o que dizem ser um “quadro” para implementar o que já tinha sido decidido no mês passado em Genebra.
“Sabemos que os Estados Unidos da América (EUA) e a China chegaram a acordo sobre um “quadro”, mas até que Trump ou Xi o aprovem, a incerteza persiste. E essa dúvida está a dar apoio ao ouro, num dia marcado pelos dados da inflação”, explica Matt Simpson, analista do City Index, à Reuters.
O metal precioso avança 0,65% para 3345,35 dólares por onça. Os analistas antecipam que a inflação volte a subir nos EUA em Maio, invertendo a tendência de queda registada no mês anterior, que atirou o índice de preços no consumidor para o valor mais baixo desde 2021. Caso os dados sejam confirmados, a Reserva Federal (Fed) vai ter mais argumentos para deixar as taxas de juro inalteradas – uma postura que colide com os apelos do Presidente norte-americano, Donald Trump.