O ouro, que tende a valorizar-se quando a incerteza e as tensões geopolíticas estão em alta, segue, esta terça-feira (10), praticamente inalterado, numa altura em que decorrem, em Londres, negociações comerciais entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China.
A onça de ouro avança 0,09%, para os 3329,05 dólares. Uma “nota verde” mais forte está também a limitar maiores ganhos do metal amarelo, tornando-o mais caro para compradores com outras divisas: o índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais – segue a subir 0,29% para os 99,238 pontos esta manhã. A moeda norte-americana poderá ainda estar a antecipar os dados da inflação, que serão conhecidos nesta quarta-feira.
Durante as negociações desta segunda-feira, os EUA mostraram-se dispostos a eliminar as restrições a algumas exportações de tecnologia em troca de garantias de que a China, responsável por quase 70% da produção mundial de terras raras, está a flexibilizar os limites às exportações destes minerais críticos – essenciais para vários produtos energéticos, de defesa e de tecnologia, incluindo smartphones e aviões militares.
“Com as negociações comerciais entre os EUA e a China ainda em curso, o ouro está a negociar de forma moderada, até vermos qualquer progresso entre as duas superpotências globais”, disse Tim Waterer, analista-chefe de mercado da KCM Trade, à Reuters.