Em 2024, Moçambique gastou cerca de 8,4 mil milhões de dólares (525 mil milhões de meticais) em importações, o que representa uma queda de 9% em relação ao ano anterior — indica o mais recente relatório do Banco de Moçambique.
Esta descida foi, em grande parte, resultado da redução das compras feitas pela chamada economia tradicional, que viu as suas importações baixarem 14%. A travagem foi geral e afectou desde bens para produção até produtos de consumo diário.
Nos bens intermédios, que costumam ser usados na produção, como matérias-primas, gastou-se menos 16%. Aqui, o alumínio bruto caiu 54%, os materiais de construção (excluindo cimento) baixaram 17% e os combustíveis também desceram 16%.
Os bens de consumo, aqueles que vão directamente para as famílias, também recuaram. Gastou-se menos 10%, com destaque para os medicamentos e reagentes, que caíram 28%, o trigo (‑19%) e o óleo alimentar (‑17%).
No grupo dos bens de capital, que são normalmente usados em investimento (como máquinas), a factura foi de 1,4 mil milhões de dólares (92 mil milhões de meticais), o que representa uma queda de 16% face ao ano anterior. A compra de maquinaria diversa caiu 15% e a de tractores e semi-reboques 30%.
A África do Sul manteve-se como o principal fornecedor de Moçambique, com vendas no valor de 2,1 mil milhões de dólares (à volta de 131 mil milhões de meticais). Seguiram-se a China com 1,3 mil milhões de dólares (81 mil milhões de meticais), e a Índia, com 569 milhões dólares (35 mil milhões de meticais).
Logo atrás vieram os Emirados Árabes Unidos, com exportações de 483 milhões de dólares (30 mil milhões de meticais), e Omã, com 463 milhões dólares (29 mil milhões de meticais).