A multinacional DP World comprometeu-se a duplicar a capacidade do Porto de Maputo no espaço de um ano, tornando-o o mais profundo da região da África Austral, com um calado de 16,5 metros. O anúncio foi feito esta segunda-feira, 2 de Junho, após uma audiência concedida pelo Presidente da República, Daniel Chapo, ao CEO da empresa, Sultan Bin Sulayem, informou o jornal O País.
“Discutimos e actualizámos o Presidente sobre a expansão do Porto de Maputo. Teremos o porto mais profundo da área, o que permitirá torná-lo um eixo fundamental para o comércio regional”, afirmou Bin Sulayem após o encontro.
A DP World é accionista maioritária da Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC) e responsável pela operação do terminal de contentores. Com presença em 80 terminais a nível global, dos quais 49 estão localizados em países africanos, a empresa posiciona-se como um dos principais operadores logísticos do continente.
Durante a audiência, além do tema portuário, o CEO da DP World discutiu com o chefe do Estado o papel estratégico da Zona Económica Especial (ZES) de Maputo para o desenvolvimento económico nacional. Segundo o empresário, a empresa vê Moçambique como um elo essencial nas cadeias logísticas regionais e globais.
“Já destacámos uma equipa para estudar novas oportunidades de investimento logístico em Moçambique. Acreditamos nos fundamentos económicos do País e queremos integrá-lo melhor nas cadeias de fornecimento regionais e globais”, declarou.
O investimento da multinacional estender-se-á a várias áreas do sistema logístico nacional, com o objectivo de posicionar o País como uma plataforma competitiva para produtores internacionais e como destino de referência para indústrias transformadoras.
Sultan Bin Sulayem destacou também o potencial nacional nos sectores dos recursos naturais e da agricultura, classificando-os como alicerces para um crescimento sustentado. “Moçambique está abençoado com gás, minerais, petroquímicos e terras férteis. Tudo isso precisa ser desbloqueado. A agricultura, em particular, pode tornar-se num sector-chave se houver políticas flexíveis de incentivo e desenvolvimento”, acrescentou.