No Dia Internacional da Criança, 1 de Junho, celebramos não apenas a alegria e a inocência da infância, mas também a importância de prepararmos os mais pequenos para um futuro consciente e responsável.
Num mundo onde os hábitos de consumo se formam cada vez mais cedo, ensinar as crianças a poupar desde tenra idade é um passo essencial para o seu desenvolvimento financeiro e pessoal. A educação financeira infantil pode ser divertida, acessível e adaptada à linguagem do quotidiano das crianças, e deve começar em casa, com o exemplo dos adultos.
Descubra, neste artigo, algumas dicas para ensinar as crianças a poupar dinheiro e, no processo, a adquirirem hábitos que vão ser fundamentais para o seu futuro, bem como para começarem a ganhar hábitos de literacia financeira.
Explique o que é a poupança e para que serve
Explicar para que serve poupar dinheiro, e que é relativamente simples, mas mais eficaz ainda é mostrar-lhes como funciona. Talvez possa querer começar por construir um pequeno fundo de emergência com os seus filhos e, mais tarde, simular um momento em que seja preciso usá-lo. Pode fazê-lo para coisas simples, como, por exemplo, pagar as compras do supermercado, pagar estacionamento ou um item que os seus filhos desejem muito e para o qual os incentivou a poupar.
Decida: dar ou não dar semanada?
E aqui entra uma pergunta frequente de todos os pais: dar ou não dar semanada às crianças?
Não há exactamente uma resposta certa, mas há teorias que defendem que a atribuição de uma mesada ou semanada ajuda a incutir aos mais pequenos a responsabilidade de tomar decisões sobre o próprio dinheiro. Gerir uma pequena fonte de rendimento (neste caso, a mesada ou semanada) é, na verdade, uma suave introdução a uma vida financeira que esperamos que seja saudável, especialmente em idade adulta.
Num mundo onde os hábitos de consumo se formam cada vez mais cedo, ensinar as crianças a poupar desde tenra idade é um passo essencial para o seu desenvolvimento financeiro e pessoal
Introduza o conceito de “mealheiro”
Especialmente com crianças pequenas, o conceito de mealheiro funciona muito bem e incentiva-os a cuidar daquilo que é seu. E, por mealheiro, não nos referimos apenas ao conceito, mas sim ao objecto em si: uma caixa ou um animal – normalmente um porquinho ou um unicórnio – que faz com que se sintam especiais ao ter um recipiente próprio para reunir todo o seu dinheiro em segurança.
Incentive os donativos a quem mais precisa
Parte da educação financeira das crianças deve também conter a explicação da diferenciação entre três usos que podem dar ao seu dinheiro: gastar, poupar e doar. É nesta fase que pode e deve começar a falar sobre solidariedade, donativos e ajudar quem mais precisa.
Crie uma ligação entre poupança e evitar o desperdício
Poupar é sinónimo de não desperdiçar. Repita este mantra e, mais uma vez, demonstre de que forma é que isto é verdade com exemplos práticos. Por exemplo, da próxima vez que alguém deixar uma quantidade substancial de comida no prato, relembre os mais pequenos do preço dos ingredientes que foram usados para confeccionar aquela refeição e que percentagem estará a ser desperdiçada.
Crie uma poupança para o seu filho
A certa altura, um mealheiro físico poderá já não ser suficiente. Para além disso, à medida que crescem vão precisar de soluções mais… ‘crescidas’. Falamos, claro, de uma conta bancária. Não existe uma idade ideal para abrir uma conta no banco e esse passo fica ao critério dos pais ou encarregados de educação, mas em quase todos os bancos pode abrir uma conta para os seus filhos praticamente à nascença.
Recompense-o pelo esforço
Não falamos de uma recompensa necessariamente material, mas quando sentir que é merecido, e que os seus filhos estão a aplicar os ensinamentos sobre poupança em prática, experimente oferecer-lhe um pequeno reforço na semanada ou mesada.
Seja um exemplo
Antes de implementar qualquer uma destas dicas e de enunciar qualquer lema de poupança aos seus filhos, lembre-se deste para si: liderar e ensinar através do exemplo. Os mais pequenos vão instintivamente procurar nos pais ou encarregados de educação os modelos a seguir e os comportamentos a replicar para as suas próprias vidas, por isso faça sempre um esforço consciente por agir de acordo com o que pede. Por outras palavras, não exija dos mais novos aquilo que também não põe em prática.
Fonte: Fidelidade