A empresa portuguesa EDP Renováveis revelou que, no âmbito da execução da 7.ª edição do programa “Fundo 2AE (Acesso à Energia)”, já foram recebidas 219 candidaturas provenientes de Moçambique, Quénia, Maláui e Nigéria, incluindo pela primeira vez o Brasil.
De acordo com uma publicação da Lusa, a iniciativa destina-se a apoiar projectos que promovam o acesso à energia em comunidades desfavorecidas de África, e que, para esta 7.ª edição a abranger também o Brasil, “foram elegíveis organizações sediadas em qualquer parte do mundo desde que o seu âmbito de actuação seja num dos países abrangidos”. Os vencedores serão conhecidos no último trimestre deste ano.
“O facto de termos recebido mais candidaturas comparativamente com as edições anteriores deixa-nos dois sinais importantes: por um lado, revela que há ainda muito por fazer para levar energia limpa e acessível a todos e, por outro, demonstra que há cada vez mais pessoas e organizações alinhadas com o nosso compromisso de promover mudanças positivas e duradouras”, referiu Vera Pinto Pereira, administradora da EDP.
A responsável afirmou que, no mundo, uma em cada 11 pessoas ainda vive sem acesso à electricidade, e cerca de dois mil milhões de pessoas não têm acesso à água potável. “Foi com o objectivo de contribuir para mudar esta realidade que criámos o Fundo A2E”.
Vera Pinto Pereira salientou que mais do que um apoio financeiro, a iniciativa é um verdadeiro compromisso com a melhoria das condições de vida das comunidades e com a transição para um futuro mais sustentável e inclusivo. “Acreditamos que o acesso à energia deve ser um direito fundamental, não um privilégio”, concluiu.
Dos projectos seleccionados, a empresa destacou três no sector da saúde, que vão permitir electrificar clínicas e maternidades rurais, assegurando cuidados contínuos e melhor resposta a emergências.
Na educação, destaque para duas intervenções em escolas primárias e centros de formação para raparigas, com impactos alargados no ensino, alimentação e sustentabilidade ambiental.
A EDP referiu ainda duas iniciativas, que combinam saúde e educação, apoiando populações deslocadas e crianças com deficiência, bem como projectos comunitários, que visam melhorar a qualidade de vida através do acesso à iluminação e à água potável.