A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) reafirmou esta quarta-feira (28), através do seu presidente do conselho de administração, Tomás Matola, o seu papel estratégico na matriz energética de Moçambique e da região da África Austral, durante a sua participação na 2.ª Conferência de Energia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
De acordo com um comunicado oficial, Tomás Matola interveio no painel subordinado ao tema “Alavancar os Sistemas Eléctricos do Futuro”, onde defendeu que a HCB continua a desempenhar um papel central na transição energética dos países da CPLP, não apenas como geradora de energia limpa, mas também como agente de desenvolvimento económico e social.
Durante a sua exposição, o dirigente destacou o percurso histórico da empresa ao longo dos seus 50 anos de existência, sublinhando que a contribuição da HCB tem sido determinante para o crescimento de Moçambique, quer através do fornecimento de energia eléctrica a nível nacional e regional, quer por via dos seus projectos de responsabilidade social.
Neste âmbito, Matola salientou os investimentos contínuos da HCB em infra-estruturas sociais — como escolas, centros de saúde, estradas e sistemas de abastecimento de água — nas comunidades vizinhas ao empreendimento, reforçando o compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável.
No que respeita aos desafios actuais, apontou as alterações hidrológicas na bacia do Zambeze como um dos principais obstáculos à estabilidade da produção, reforçando a necessidade urgente de reabilitação e modernização do parque electroprodutor, acrescentando estarem em curso iniciativas de diversificação e expansão da capacidade produtiva, com vista a assegurar maior resiliência face às mudanças climáticas.
A 2.ª Conferência de Energia da CPLP, organizada pela Associação Lusófona de Energias Renováveis (ALER), decorre em paralelo com a 3.ª Reunião de Ministros da Energia da CPLP. O evento reúne entidades públicas e privadas do sector energético lusófono, tendo como objectivo promover a partilha de experiências, apresentação de projectos-âncora e a criação de novas parcerias no contexto da transição energética global.