A estratégia de “hedge” constitui um instrumento fundamental para as empresas gerirem os riscos decorrentes das flutuações do mercado e da volatilidade das taxas de câmbio.
Ao empregar diversas técnicas, como “hedges” de valor justo e “hedges” de fluxo de caixa, as empresas podem mitigar o impacto dessas incertezas nas suas demonstrações financeiras, garantindo maior estabilidade nos lucros reportados e na posição financeira.
No entanto, apesar dessas vantagens, o “hedge” é muito susceptível a fraudes. Vamos entender em detalhe os prós e os contras desta estratégia.
Vantagens
Demonstrações financeiras menos voláteis e mais estáveis
O principal motivo pelo qual as empresas utilizam esta estratégia é para reduzir a volatilidade nas suas demonstrações financeiras. Se a volatilidade de cada item fosse listada na demonstração, esta tornar-se-ia demasiado complexa para as partes interessadas. O “hedge” resolve este problema ao reflectir a volatilidade das rubricas no balanço. As demonstrações financeiras são, por conseguinte, muito mais estáveis e mais fáceis de compreender.
Mitigação de riscos
Outro benefício importante do “hedge” é que reduz os factores de risco de fluxo de caixa, investimento, câmbio e dívida. Se implementado correctamente, pode ajudar as empresas, especialmente as grandes empresas, a obter mais lucro e expandir-se em diferentes regiões.
Desvantagens
Complexo e demorado
O processo do “hedge” é complexo. É necessária muita colaboração entre a equipa da contabilidade e a equipa de gestão de riscos, o que frequentemente requer tempo e recursos para manter o sistema do “hedge”.
Propenso a fraudes
As transacções comerciais diárias podem ser registadas automaticamente no software de contabilidade, mas isso não acontece com o “hedge”. Muitos lançamentos da contabilidade do “hedge” são feitos manualmente, o que o torna propenso a fraudes e práticas ilícitas.
Fonte: Highradius