As bolsas asiáticas terminaram a sessão desta quinta-feira (22) no vermelho, numa altura em que os investidores estão a reduzir a sua exposição ao risco e a vender obrigações norte-americanas, de olho no défice do país. Um novo projecto de lei para reduzir drasticamente os impostos nos Estados Unidos da América (EUA) foi apresentado ao Congresso esta quinta-feira, e os mercados receiam que estas medidas agravem as contas do país em cerca de 3 mil milhões de dólares.
As principais praças asiáticas interromperam, assim, um rally de recuperação que vinham a registar. Na China, o Hang Seng, de Hong Kong, e o Shanghai Composite caíram 0,9% e 0,2%, respectivamente, enquanto o CSI 300 – o benchmark para a negociação continental – cedeu apenas 0,1%.
Pelo Japão, o Nikkei 225 encerrou com perdas de 0,8% e o Topix cedeu 0,6%. O mercado obrigacionista do país parece estar em crise, depois de os investidores terem evitado um leilão de dívida pública esta semana. As yields de referência do país dispararam em reacção, numa altura em que o banco central tem reduzido a compra de obrigações nipónicas.
“Trata-se de um problema global, com os investidores a terem dificuldades para se adaptarem a este novo campo de jogo”, explicou Nick Twidale, analista da AT Global Markets Austrália, à Bloomberg. Com a subida das yields nipónicas, a vitalidade da economia do Japão poderá tornar-se “uma preocupação” para os investidores mundiais, acrescentou.
Nas restantes principais praças asiáticas, o australiano S&P/ASX 200 cedeu 0,36% e o sul-coreano Kospi caiu 0,59%.
Já pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura no vermelho, com perdas contidas, num dia marcado pela apresentação de contas da EasyJet