Os Exportadores de Lítio do Zimbabué (ZLE, em inglês) pediram ao Governo que adiasse a aplicação de um imposto de exportação sobre o concentrado de lítio até que as fábricas que irão refinar o material das baterias em produtos de maior valor entrem em funcionamento no país.
A ZLE (associação industrial que representa empresas como a Chengxin Lithium Group) pediu que a taxa de 5% destinada a promover uma indústria de refinação nacional seja adiada por dois anos e meio, de acordo com um pedido dirigido aos Ministérios das Minas e das Finanças.
O Zimbabué emergiu rapidamente como um importante fornecedor de concentrado de lítio para refinarias chinesas, depois de empresas como a Chengxin, a Zhejiang Huayou Cobalt e a Sinomine Resource Group terem gastado milhares de milhões de dólares nos últimos anos para desenvolver minas. No ano passado, a nação da África Austral forneceu cerca de 14% das importações de lítio da China, de acordo com o CRU Group – empresa se concentra nos mercados globais de mineração, metais e fertilizantes.
O imposto sobre as remessas de concentrado – que o Governo considera não processado ou “não beneficiado” – deve ser suspenso até que as fábricas capazes de fabricar sulfato de lítio “estejam concluídas e comissionadas” em 2027, afirmou a ZLE num documento.
O produto de maior valor será então enviado para a China para ser transformado em material para baterias.
O grupo também se queixou de que o Zimbabué está a calcular os pagamentos de royalties das empresas utilizando o preço do carbonato de lítio mais valioso, e não o que é produzido no país.
A Câmara de Minas, que representa o sector mineiro zimbabuano em geral, reuniu-se com o Ministério das Finanças em 19 de Maio para discutir as propostas. Um porta-voz do organismo confirmou as consultas, mas recusou-se a comentar as conversações em curso com as autoridades.
Fonte: Bloomberg