As bolsas asiáticas terminaram a sessão em terreno misto, com os principais índices japoneses no vermelho. O mercado da dívida soberana do país está a fazer soar os alarmes e a lançar um aviso ao banco central de que a quebra da procura por obrigações tem de ser feita de forma cautelosa.
Esta semana, os investidores viraram costas a um leilão de dívida pública e as yields estão a subir, num momento em que os investidores se reúnem com os responsáveis do Banco do Japão para partilharem opiniões sobre a redução da dívida.
Assim, no Japão, o Nikkei 225 e Topix recuaram 0,55% e 0,26%, respectivamente. Já o sul-coreano Kospi ganhou 0,93%, enquanto o australiano S&P/ASX 200 saltou 0,52%.
Ainda que depois de uma semana mais calma, as tensões geopolíticas continuam a centrar atenções e podem agora trazer ventos contrários aos mercados. “A maioria dos investidores ainda são bastante cautelosos, e acho que com razão, dadas as perspectivas económicas e a incerteza política, que é mega alta”, afirmou Joe Little, estratega do HSBC Asset Management, em Hong Kong, à Bloomberg.
A maioria das moedas asiáticas somou ganhos, enquanto um indicador do dólar desceu pelo terceiro dia consecutivo. “O dólar norte-americano perdeu, naturalmente, o seu brilho como activo-refúgio”, declarou Richard Franulovich, do Westpac Banking, à Bloomberg. Um dólar mais fraco e taxas de juro mais baixas beneficiarão as acções asiáticas, segundo os especialistas do Morgan Stanley.
Na China, o Shanghai Composite acelerou 0,4%, enquanto o CSI 300 – referência para a negociação da China Continental – ganhou 0,54%. Por sua vez, o Hang Seng, de Hong Kong, cresceu 0,5%.
Os mercados asiáticos poderiam beneficiar ainda mais de uma rotação dos activos norte-americanos, mas tudo depende da possibilidade de se chegar a acordos comerciais antes de 8 de Julho, data em que expira a pausa de 90 dias nas tarifas dos Estados Unidos da América (EUA).
Na Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura praticamente inalterada.