A presidente da Assembleia da República, Margarida Talapa, realiza esta semana uma visita de trabalho à Rússia onde irá participar no 11.º Congresso Ecológico Internacional de Nevsky, subordinado ao tema “Planeta Terra – Vivendo em Harmonia com a Natureza”. De acordo com uma nota, a deslocação decorre a convite de Valentina Matvienko, presidente do Conselho da Federação da Rússia.
O documento avança que, no evento, Talapa irá partilhar experiências da participação das mulheres moçambicanas enquanto agentes centrais na gestão dos recursos naturais e na protecção dos ecossistemas.
“O Congresso Ecológico Internacional de Nevsky é uma plataforma parlamentar sobre questões relativas à segurança ambiental e harmonização da legislação ambiental dos países membros da Comunidade de Estados Independentes”, explica.
No âmbito da cooperação inter-parlamentar, Margarida Talapa encontrar-se com Valentina Matvienko, ocasião durante a qual irão debater os mecanismos para reforçar as relações entre os órgãos legislativos dos dois países para impulsionar o intercâmbio.
Nesta deslocação, a presidente da Assembleia da República far-se-á acompanhar pelos deputados da Comissão da Agricultura, Economia e Ambiente, assessores parlamentares e outros quadros do secretariado-geral.
Moçambique foi um dos 38 países que se absteve na votação da Assembleia-Geral das Nações Unidas, onde uma esmagadora maioria aprovou uma resolução responsabilizando a Rússia pela crise humanitária na Ucrânia devido à guerra.
Dos 193 Estados-membros das Nações Unidas, a resolução, apresentada pela França e pelo México e apoiada pela Ucrânia, obteve 140 votos a favor, cinco contra e 38 abstenções, num grupo que integra, além de Moçambique, Angola e Guiné-Bissau.
A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde a Independência) foi um aliado de Moscovo durante o tempo da ex-URSS, tendo recebido apoio militar durante a luta contra o colonialismo português e ajuda económica depois da independência, em 1975.
A Rússia lançou, em 24 de Fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU (que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior).